Últimas Notícias

Michel Temer irá anunciar o aumento do Bolsa Família em 2018 no Feriado – 1° de Maio

O presidente Michel Temer vai anunciar o segundo reajuste do Bolsa Família na sua gestão na próxima terça-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho. O porcentual do aumento será definido em reunião marcada para esta quinta-feira, 26, com representantes do Planejamento e do Ministério do Desenvolvimento Social, que administra o benefício. Um reajuste para repor a inflação de 2017, de 2,95%, teria custo de R$ 1 bilhão.

O anúncio no Dia do Trabalho será usado por Temer como uma tentativa de deixar uma marca social. O último reajuste do Bolsa Família foi de 12,5%, em 2016, logo após a posse do presidente. O programa beneficia atualmente 13,8 milhões de famílias, com renda por pessoa entre R$ 85,01 e R$ 170 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.

Na segunda-feira, dia 23, em reunião no Planalto, Temer pediu ao Planejamento e ao MDS definição sobre o reajuste até esta quinta-feira.

Na tentativa de construir uma marca social neste ano de eleições, o presidente Michel Temer pretende dar um aumento ao Bolsa Família maior que o defendido pela equipe econômica. Segundo fontes, o presidente Michel Temer irá se reunir com o ministério para resolver o o aumento do benefício do Programa Bolsa família nesta quinta-feira. Ainda, Temer irá comunicar oficialmente o aumento no dia 1 de maio, que também é comemorado o Dia do Trabalhador.

Com a alegação de que não há espaço orçamentário para um reajuste robusto, a Fazenda e o Planejamento têm defendido conceder um aumento de 3%, pouco superior à inflação oficial do ano passado, que fechou em 2,95%.

O percentual, no entanto, é considerado insuficiente pela equipe política de Temer, que tem pressionado por um reajuste de no mínimo 5%, que permita ao governo federal colher dividendos eleitorais com o anúncio.

Em conversas reservadas, o presidente tem admitido que pretende conceder um reajuste superior a 3%, mas pondera que só tomará a decisão após reunião na quinta-feira (26) com a equipe econômica.

O receio do Palácio do Planalto é que uma simples correção inflacionária possa ser usada por candidatos adversários como argumento de que o MDB fez pouco pela área social.

No ano passado, com o mesmo discurso sobre a falta de recursos, o Bolsa Família não teve reajuste. A ideia inicial era conceder um aumento de 4,6%, como uma maneira de tentar diminuir rejeição do governo, mas foi freado pela equipe econômica.

Para este ano, o presidente chegou a discutir incluir no percentual de reajuste um adicional por conta da valorização do botijão de gás, que em dezembro teve alta de 16,39% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O plano, contudo, foi abandonado.

Com uma reprovação de 70%, como mostrou o Datafolha, o presidente tem articulado uma candidatura à reeleição para ficar em evidência e evitar que seu mandato perca apoios político e econômico antes do final do ano.

O anúncio do reajuste do Bolsa Família faz parte do pacote eleitoral montado pelo Palácio do Planalto para tentar viabilizar pelo menos o presidente como um fiador do processo eleitoral.

DISPUTA

A ideia é que o aumento seja comunicado em cerimônia no Palácio do Planalto ou em pronunciamento oficial no 1º de Maio, Dia do Trabalhador.

A previsão inicial era que o reajuste fosse concedido em março, mas ele foi atrasado devido à queda de braço entre as equipes econômica e política do governo.

O Planejamento chegou a defender no início do ano que não fosse dado nenhum aumento em 2018. O Desenvolvimento Social, contudo, discordou e defendeu um valor entre 5% e 10%.

Além do aumento, o Palácio do Planalto discute dar um bônus mensal a famílias que tenham filhos matriculados em cursos técnicos ou profissionalizantes e um complemento para beneficiários que realizarem trabalho voluntário.

O Desenvolvimento Social chegou a propor ainda ao presidente que implemente uma política de valorização do programa social em longo prazo.

A ideia é que o Bolsa Família tenha reajuste obrigatório quando houver aumento anual da inflação de alimentos no país.

To Top