Os trabalhadores autorizados a sacar as cotas do PIS/Pasep poderão ter problemas com a retirada do dinheiro devido a inconsistências em seus cadastros. Essas falhas podem impedir o saque imediato dos cotistas. Os erros mais comuns são: duplicidade no número de inscrição do PIS/Pasep, falha no nome da mãe do titular e diferença no nome de casado. A Caixa Econômica Federal — responsável pelo pagamento das cotas do PIS — informou que, caso haja problemas cadastrais, o trabalhador deve se dirigir a uma agência bancária portando documento de identificação oficial, carteira de trabalho e, se for o caso, comprovante de aposentadoria.

O trabalhador que tiver duplicidade no número deve corrigir imediatamente esse erro para ter acesso às cotas. Nesse caso, é preciso comparecer a uma agência da Caixa Econômica Federal com carteira de trabalho e identidade para fazer a unificação. Esse problema ocorre, segundo o banco, quando o trabalhador solicita uma nova carteira de trabalho e um novo número é emitido. Assim, um novo registro é gerado no Ministério do Trabalho, o que cria cadastros diferentes. Essa duplicidade pode causar dor de cabeça na hora do saque das cotas.

Quem não tem o número em mãos pode consegui-lo por meio do site Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis). Na página, será possível encontrar a palavra “Inscrição” no canto superior esquerdo do menu. Basta clicar sobre o termo e, em seguida, escolher a opção “Filiado”.

Em seguida, digite o nome completo em “Nome de filiado” e preencha o nome completo da mãe (deve estar idêntico ao que está em sua carteira de trabalho, mesmo se houver erros de digitação). Depois, é preciso informar o número do CPF e a data de nascimento. Em “documentos complementares”, é preciso inserir o número do RG sem pontos e hífen. Depois, basta digitar o texto que aparece na imagem do canto inferior da tela. Em seguida, o sistema mostrará os dados, com o número do PIS.

Os trabalhadores que tiverem algum erro no Número der Identificação Social (NIS) também devem ficar atentos: esse número é gerado no primeiro registro empregatício, e algum erro de informação no cadastro feito pelo empregador pode gerar inconsistências. Para consultar o número correto, o trabalhador deve verificar a primeira carteira de trabalho e um extrato de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que sempre tem o número do documento.

Outro problema comum que pode impedir o saque é o erro no nome da mãe. Para descobrir se há inconsistências, é preciso ir a uma agência da Caixa. Essa falha acontece, geralmente, quando o setor de recursos humanos da empresa informa o nome de forma errada. Para corrigir, o trabalhador deve ir até uma agência do banco com documento de identidade e cópia da certidão de nascimento ou casamento da mãe.

SAQUES

Na semana passada, o governo federal sancionou a Lei 13.677/2018, abrindo a possibilidade de que todos os cotistas, independentemente da idade, possam sacar as cotas do PIS/Pasep até setembro deste ano. Mas os bancos estabeleceram um cronograma de retiradas, com pagamento prioritário.

Nesta segunda-feira (dia 18), a Caixa e o Banco do Brasil deram início ao pagamento das cotas do PIS/Pasep exclusivamente para pessoas de 57 a 59 anos, que trabalharam de 1971 a 1988 e foram cadastradas num dos dois fundos. Os demais cotistas receberão em agosto.

Como o grupo de cotistas de 57 a 59 anos de idade terá prioridade de recebimento, essas pessoas poderão comparecer às agências dos bancos até 29 de junho. Se os saques não forem feitos neste prazo, eles ainda terão até 28 de setembro para fazer a retirada, junto com os demais beneficiários de todas as idades.

PIS/PASEP

PIS e Pasep sempre andam juntos, mas têm significados diferentes. O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep) foram criados pelo governo federal na década de 1970. O PIS é destinado aos funcionários do setor privado e operado pela Caixa Econômica Federal. Já o Pasep é para os servidores públicos e é gerenciado pelo Banco do Brasil.

As empresas contribuem para esses programas para fazer um fundo de ajuda ao trabalhador. Parte desse dinheiro fica com o governo e outra parte pode ser sacado como abono salarial (outro benefício pago anualmente pelos dois bancos, neste caso para quem recebeu até dois salários mínimos com carteira assinada no exercício ou ano-calendário anterior).

Saiba como corrigir erros que podem impedir os saques das cotas do PIS/Pasep
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