O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta terça-feira que o Brasil precisa dar continuidade às reformas fiscais, enfatizando a necessidade de mudanças na Previdência, além da manutenção do teto de gastos para o país prosseguir no caminho de ajuste gradual e crível.

A declaração foi dada num momento em que as principais candidaturas à Presidência discutem como equalizar o desajuste das contas públicas. À Reuters, a campanha de Ciro Gomes (PDT) disse ser a favor de controle dos gastos, mas sem incluir na regra do teto as despesas com investimentos. Também se posicionaram contra a atual regra do teto as campanhas de Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT).

Por outro lado, os assessores econômicos de Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) indicaram ser favoráveis à manutenção do mecanismo que limita o crescimento dos gastos do governo à inflação do ano anterior.

Ao participar da abertura de um seminário sobre energia, Guardia também disse que o país precisa avançar em soluções de mercado para desatar os nós econômicos.

“Soluções que tentam redistribuir discursos entre setores ou trazer bancos públicos ou emprestar pro futuro pra resolver problemas de curto prazo não nos parecem o caminho adequado”, afirmou.

Ele defendeu que a concessão de subsídios ao diesel foi emergencial e temporária num momento de extrema complexidade da crise dos caminhoneiros, em que o governo não aguentaria mais uma semana de greve.

Disse ainda que, neste caso, é preciso pensar em soluções mais estruturais, que podem passar por maior competição no setor de refino e pela adoção de um tributo como proteção para absorver variações do preço do petróleo.

Brasil precisa de reforma da Previdência e teto de gastos, diz Guardia
To Top