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Primeiro dia do festival #Agora fala sobre desafios de mulheres no poder

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A violência política contra mulheres e a baixa representatividade feminina nas esferas do poder foram o foco dos debates realizados neste sábado (21) durante o Festival #Agora, do coletivo feminista #AgoraÉQueSãoElas.

O evento foi realizado à tarde no CCSP (Centro Cultural São Paulo), no centro da capital paulista, e reuniu centenas de pessoas. 

A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva foi uma das palestrantes convidadas.

Disse que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem competência para lidar com mulheres e que não quer se envolver na “polarização tóxica” que domina o país atualmente.

Ela também criticou o fato de pessoas dizerem que está sumida, em meio à discussão sobre violência política de gênero. 

“Trabalho de manhã, de tarde e de noite em prol das causas em que acredito”, afirmou. “É a violência difusa. Por que não dizem que o Alckmin está sumido?”

Antes dela, Ligia Fabris, da FGV Direito Rio, e Teresa Sacchet, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), falaram sobre a baixa representação de mulheres na política. 

O projeto de lei que busca esvaziar o sistema de cotas para candidatas mulheres, que está em discussão no Congresso, foi criticado pelas palestrantes. 

De autoria da deputada Renata Abreu (Podemos-SP), o texto diz que, caso um partido não atinja o percentual de 30% de candidaturas femininas, poderá deixar as vagas vazias.

A ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, a deputada federal Joênia Wapichana e a ativista Monica Benicio, viúva de Marielle Franco, também estavam entre as convidadas do dia. 

O Festival #Agora continua neste domingo (22), das 14h às 21h30. É gratuito -algumas atividades exigem ingresso, que pode ser adquirido pelo Sympla. 

Além de debates, a programação inclui mostra de cinema, oficinas e feira de empreendedorismo negro, entre outras atividades. Podem ser vistas em festivalagora.com.br.

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