Economy

Crescimento do PIB dos EUA no 3º tri é revisado para cima; investimento empresarial se estabiliza

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) – O crescimento econômico dos Estados Unidos avançou ligeiramente no terceiro trimestre, em vez de desacelerar como inicialmente informado, e há sinais de que a desaceleração do investimento empresarial pode estar chegando ao fim.

As perspectivas para a economia foram ainda mais animadas com outros dados divulgados nesta quarta-feira, mostrando os gastos dos consumidores aumentando constantemente e o número de norte-americanos que pediram auxílio-desemprego caindo na semana passada, depois de ficar travado em máximas de cinco meses por duas semanas seguidas.

A melhoria nos dados econômicos diminuiu ainda mais os riscos de recessão no curto prazo. O chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou otimismo em relação à economia dos EUA na segunda-feira dizendo que “neste momento da longa expansão, vejo o copo muito mais do que meio cheio”.

O Produto Interno Bruto norte-americano cresceu a uma taxa anualizada de 2,1%, informou o Departamento do Comércio em sua segunda estimativa sobre o PIB do terceiro trimestre nesta quarta-feira. No mês passado, a estimativa havia sido de um crescimento de 1,9%.

A economia expandiu a um ritmo de 2,0% no período entre abril e junho. Economistas consultados pela Reuters projetavam que o resultado do PIB no terceiro trimestre não seria revisado e permaneceria em 1,9%.

A revisão para cima do PIB refletiu mais acúmulo de estoques do que o inicialmente calculado, além de um ritmo menos acentuado na contração do investimento empresarial. Os estoques aumentaram a um ritmo de 79,8 bilhões de dólares, em vez de 69,0 bilhões informados no mês passado.

Quando medida pelo lado da renda, a economia cresceu a uma taxa de 2,4% no último trimestre. A Renda Interna Bruta dos EUA avançou 0,9% no segundo trimestre.

A média do PIB e da Renda Interna Bruta, também denominada produção doméstica bruta e considerada uma melhor medida da atividade econômica, aumentou a uma taxa de 2,3% no período de julho a setembro, acelerando ante um ritmo de crescimento de 1,4% no segundo trimestre.

Apesar dos dados de crescimento favoráveis, a inflação permanece fraca, o que pode preocupar algumas autoridades dos EUA.

A medida preferencial de inflação do Fed, o núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu 1,6% nos 12 meses até outubro. Em setembro, o núcleo do índice havia avançado 1,7%.

Um segundo relatório divulgado nesta quarta-feira mostrou que os pedidos de bens de capital excluindo setor de defesa e aeronaves — medida observada de perto para planos de gastos empresariais — avançaram 1,2% no mês passado, o maior ganho desde janeiro, depois de caírem 0,5% em setembro.

O chamado núcleo dos pedidos de bens de capital foi impulsionado pelo aumento da demanda por máquinas, computadores, produtos eletrônicos e metais fabricados.

Outro relatório mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 15 mil, para 213 mil na semana encerrada em 23 de novembro em dados ajustados sazonalmente. Os pedidos haviam ficado em máximas de cinco meses nas duas semanas anteriores.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

tagreuters.com2019binary_LYNXMPEFAQ1QE-VIEWIMAGE

To Top