Asia

Rússia ainda precisa tomar decisão antes que Opep+ considere cortes de produção maiores

Por Anastasia Lyrchikova

MOSCOU (Reuters) – O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse nesta terça-feira que Moscou ainda não decidiu seu posicionamento às vésperas de um encontro entre produtores de petróleo da Opep e seus aliados que deve discutir cortes adicionais de produção, embora a expectativa seja de negociações construtivas.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, terá encontros na quinta e na sexta-feira para decidir sobre o futuro de um pacto que vai até março e prevê cortes de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em oferta.

Duas fontes disseram à Reuters que a Opep+, que irá discutir suas políticas na reunião em Viena, está agora considerando um aprofundamento dos cortes de produção em ao menos 400 mil barris.

A Arábia Saudita, na prática líder da Opep, tem defendido os cortes adicionais para garantir preços mais altos para o petróleo de forma a equilibrar seu orçamento e apoiar a precificação da oferta inicial de ações (IPO) da petroleira estatal Saudi Aramco.

A Rússia, segundo maior exportadora global de petróleo, tem se oposto a cortes maiores ou à prorrogação do acordo de restrição da oferta até o momento, embora Moscou tenha em geral adotado uma retórica dura antes de todos encontros para aprovação de políticas dos países produtores.

“Eu não vou falar nada a vocês agora, uma vez que ainda estamos finalizando nossa posição”, disse Novak ao ser questionado sobre a posição de Moscou.

“Vamos esperar… mas eu acho que a reunião, como de costume, será de uma natureza construtiva”, disse ele a jornalistas na capital russa.

Ele também afirmou que pretende discutir na reunião a exclusão da produção de condensado das cotas da Rússia no pacto da Opep+.

Ao excluir o condensado e levar em conta apenas a produção de petróleo, a Rússia teria contabilizado uma produção entre 225 mil bpd e 230 mil bpd menor em dezembro, segundo Novak.

“Dito isso, nós vamos discutir com nossos colegas para que levem em conta nossos dados da mesma forma que para os países da Opep– excluindo o condensado”, afirmou.

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