Cultura

Elenco de 'Choque de Cultura' diz que Globo dá liberdade para que eles falem 'as maiores atrocidades'  

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Descobertos na internet, a trupe do “Choque de Cultura” participa da programação da Globo todos os domingos, antes do jogo de futebol. Na atração, eles analisam o filme que acabara de passar na TV – o que, para eles, é um prazer.
“O sucesso em TV aberta fez expandir nosso trabalho a outros públicos. É uma bazuca. Mas o projeto estava bem estabelecido dentro do nosso público na internet. O bom é que não perdemos a essência”, analisa o ator Daniel Furlan, que interpreta Renan, em entrevista a reportagem na CCXP 2019.
E por falar em essência, a trupe diz que tem total liberdade para trabalhar. Tanto que ainda são eles quem escrevem o roteiro, produzem e editam o programa. Para Furlan, o sucesso pode ser explicado justamente pelo fato de não haver cortes nas piadas.
“A gente teve uma conversa muito direta antes de aceitar ir para a Globo. Eles disseram que queriam que a gente fizesse a mesma coisa na internet. Deixam que a gente fale as maiores atrocidades”, opina.
Para Raul Chequer, o “Maurílio”, a entrada na Globo fez com que o grupo alcançasse novos públicos: “Percebi pessoas mais velhas falando do programa e atingindo outras classes sociais. Alunos de escola pública falando da gente. E isso nos deixa feliz”, diz.
“Antes os fãs eram mais adolescentes, e hoje [o programa] parece atingir mais gente”, acrescenta Caito Mainier, cujo personagem Rogerinho é cheio dos bordões. “As pessoas repetem, o tempo todo, é um inferno. Mas a gente não cria com intenção de virar bordão, às vezes a gente até vê uma frase que pode virar um meme, mas nem sempre se concretiza.”
CARBURADOR DE PRATA
O grupo já se prepara para o lançamento da 3ª edição do Carburador de Prata, premiação que elege os melhores do cinema de 2019 com muito humor e análises. O programa deste ano terá entre 20 e 30 minutos de duração, e será exibido no fim do mês no canal do YouTube “TV Quase”.
“Nessa premiação, pegamos todos os lançamentos do ano e damos o prêmio. São várias categorias. A partir daí, lançamos as tendências para o Oscar, em fevereiro”, contou Chequer.
“Cada categoria terá de três a cinco indicados. O pessoal aguarda muito o nosso jeito peculiar de analisar”, acrescenta Furlan. “Serão premiações e análises criteriosas. Mas até hoje aguardamos os outros vencedores virem buscar”, diverte-se Mainier.

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