Esporte

Bia Ferreira e Arthur Nory são eleitos melhores atletas de 2019

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A boxeadora Bia Ferreira e o ginasta Arthur Nory receberam o prêmio de melhores atletas de 2019 na noite desta terça-feira (10), em cerimônia realizada pelo Comitê Olímpico do Brasil, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
Bia superou Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Nathalie Moellhausen (esgrima), e Nory venceu Gabriel Medina (surfe) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade).
Aos 26 anos, a baiana Bia se tornou a primeira brasileira a conquistar medalha de ouro em competições de boxe no Pan. Neste ano, em Lima no Peru, ela supero a argentina Dayana Sanchez na final da categoria até 60 kg.
Envolto em polêmicas, o presidente do COB, Paulo Wanderley, fez discurso durante a premiação. Na semana passada, o Ministério Público Federal entrou com representação para investigar denúncias de fraudes. Segundo relatório da Kroll, empresa norte-americana e especializada em investigações, há indícios de irregularidades na contratação de serviços de tecnologias.
A Folha de S.Paulo também divulgou que a comissão de atletas do COB enviou carta ao presidente Wanderley pedindo esclarecimentos sobre a assembleia geral (chamada pelos atletas de “desastrosa”) com objetivo de aprovar um novo estatuto.
Entre as propostas de mudança do estatuto mais criticadas, e que acabaram rejeitadas na votação, estão as que tirariam poderes do conselho de ética, responsável por apurar denúncias, inclusive as ligadas à diretoria do COB. Também seria eliminado o cargo de gerente de compliance.
“Não se tente explicar o inexplicável. Nenhuma das mudanças propostas pelo COB têm a finalidade de melhorar a governança do COB. Nenhuma!”, diz trecho da carta, dos atletas, para quem as alterações criariam um “flagrante conflito de interesses”.
Na noite desta terça, Wanderley disse que os atletas tem, cada vez mais, participado das tomadas de decisões do COB. “O objetivo do COB é sempre dar a melhor condição de treinamento e performance para nossos atletas”, afirmou o presidente.
Bia Ferreira foi a primeira pugilista brasileira a conquistar a medalha de ouro em Pans Jonne Roriz/COB Bia Ferreira foi a primeira pugilista brasileira a conquistar a medalha de ouro em Pans      À tarde, o COB havia anunciado um orçamento recorde para 2020, aprovado pela Assembleia Geral, na sede da entidade no Rio de Janeiro. O valor, durante o ano olímpico, será de R$322.398.000,00, sendo que R$312.934.000,00 serão provenientes de recursos das loterias federais, e o restante virá de patrocinadores e da Solidariedade Olímpica Internacional (SOI).
Segundo a assessoria de imprensa do COB, 84% do montante das loterias, um total de R$ 267 milhões, será destinado somente para esporte, o mínimo exigido é de 75%. “O próximo ano exige um maior investimento por conta da preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Entre os nossos projetos, há ações voltadas à preparação e organização olímpica e às ciências do esporte”, disse Jorge Bichara, diretor de esportes do COB.
A equipe brasileira de revezamento 4×100 m rasos nos Jogos de Pequim foi homenageada a medalha de bronze, herdada oficialmente após doping do jamaicano Nesta Carter. José Carlos Moreira, Vicente Lenilson e Sandro Viana subiram ao palco, enquanto Bruno Lins não esteve na festa.
Além da premiação aos melhores deste ano, o evento também incluiu seis ídolos no Hall da Fama do COB. São eles, Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800 m nas Olimpíadas de Los Angeles 1984 e prata em Seul (1988); Paula, campeã mundial de basquete em 1994 e prata em Atlanta (1996); os já falecidos Guilherme Paraense, atirador e primeiro campeão olímpico do país na história dos Jogos Olímpicos, em Antuérpia 1920; João do Pulo, bronze no salto triplo (Montreal, 1976, e Moscou, em 1980); Maria Lenk, nadadora, primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos (Los Angeles, 1932); e Sylvio Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, nos 400 m com barreiras, em Berlim 1936.

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