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Democratas da Câmara dos EUA devem apresentar acusações formais de impeachment de Trump

Por Susan Cornwell

WASHINGTON (Reuters) – Democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos devem apresentar duas acusações formais contra Donald Trump nesta terça-feira, avançando com rapidez rumo a uma votação impactante para decidir se afastam o presidente republicano.

Parlamentares democratas planejavam fazer um anúncio dos artigos de impeachment na manhã desta terça-feira, disse Eliot Engel, presidente do Comitê de Relações Exteriores, ao sair do escritório da presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Ele não entrou em detalhes.

Mais tarde, o gabinete de Pelosi anunciou que autoridades do comitê da Câmara fariam uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira para anunciar os próximos passos do inquérito de impeachment.

Um assessor democrata da Câmara disse à Reuters que se espera que seus colegas preparem dois artigos de impeachment contra Trump, um por abuso de poder e outro por obstrução do Congresso.

Democratas acusam Trump de abusar do poder de seu cargo retendo ajuda para a Ucrânia, vulnerável perante a agressão russa, e de acenar com uma possível reunião na Casa Branca para convencer o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar um rival político democrata na corrida presidencial para 2020.

Depois de semanas de investigação e audiências na Câmara controlada pelos democratas, líderes de comitês se reuniram com Pelosi após a última audiência de impeachment marcada para a noite de segunda-feira.

Jamie Raskin, democrata do Comitê Judiciário, disse aos repórteres que seus correligionários identificaram dois padrões de má conduta de Trump: “Envolver governos estrangeiros em nossa política para corromper nossas eleições” e “trabalhar para acobertar este tipo de má conduta bloqueando testemunhas, retendo indícios e tentando impedir pessoas de depor”.

Trump nega qualquer irregularidade e qualificou o inquérito de impeachment como uma farsa. A Casa Branca se recusa a participar das audiências da Câmara alegando que o processo é injusto.

Pelosi iniciou o inquérito de impeachment em 24 de setembro depois que um delator mostrou preocupação com uma conversa telefônica de 25 de julho na qual Trump pediu ajuda de Zelenskiy para investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, um dos favoritos à indicação democrata para enfrentar Trump na eleição do ano que vem.

Os republicanos argumentam que Trump não fez nada de inadequado no telefonema com Zelenksiy e dizem não haver indícios diretos de que ele condicionou a ajuda ou uma reunião na Casa Branca a um favor.

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