Entertainment and Lifestyle

Órgão do Reino Unido terá regras mais rígidas para publicidade online de Google e Facebook

Por Paul Sandle

LONDRES (Reuters) – O órgão regulador de concorrência do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira que pretende fazer uma investigação aprofundada sobre o domínio do Google e do Facebook na publicidade online, e sinalizou a necessidade de uma regulamentação mais rígida para conter quaisquer consequências negativas.

Um compromisso do governo com a reforma regulatória e o desafio global de controlar as gigantes da tecnologia tornaram as recomendações mais apropriadas, disse a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA).

A CMA disse que o Google obteve mais de 90% de toda a receita de publicidade em ferramentas de pesquisa no Reino Unido em 2018, com receita de cerca de 6 bilhões de libras, e o Facebook foi responsável por quase metade de toda a publicidade digital no ano passado.

Embora as empresas tenham produtos e serviços inovadores e valiosos ao mercado, o órgão está preocupado que isso possa ter consequências negativas para os usuários de seus serviços e que as pessoas sintam que não têm o controle de seus dados ao usar as plataformas.

“A maioria de nós visita sites de mídia social e ferramentas pesquisa na internet todos os dias, mas como essas empresas funcionam é um mistério”, disse Andrea Coscelli, presidente da CMA, em relatório.

O Facebook afirmou estar “totalmente comprometido” em participar do processo de consulta da CMA e continuará a oferecer os benefícios da tecnologia e da publicidade relevante para os usuários no Reino Unido.

“Concordamos com a CMA que as pessoas devem ter controle sobre seus dados e transparência sobre como eles são usados”, disse um porta-voz, acrescentando que os anúncios do Facebook oferecem a opção de desativar completamente os anúncios.

O vice-presidente do Google do Reino Unido e Irlanda, Ronan Harris, disse que também continuará trabalhando com a CMA e com o governo na área de publicidade digital.

“Criamos controles fáceis de usar que permitem às pessoas gerenciar seus dados nos serviços do Google – como a capacidade de desativar os anúncios personalizados e excluir automaticamente o histórico de pesquisa”.

A CMA informou que fará comentários sobre suas conclusões até 12 de fevereiro de 2020.

tagreuters.com2019binary_LYNXMPEFBH1I0-BASEIMAGE

To Top