Por Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) – O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, disse nesta segunda-feira que irá elevar o patamar necessário para abrir investigação de contra-inteligência sobre campanhas presidenciais, medida que segue reclamações do presidente Donald Trump sobre a supervisão do governo sobre sua campanha eleitoral de 2016.
Qualquer investigação futura precisará das aprovações tanto do procurador-geral dos Estados Unidos quanto a do diretor do FBI, disse Barr em entrevista coletiva, acrescentando que havia chegado à decisão com o diretor do FBI Christopher Wray.
Atualmente são os advogados do Departamento de Justiça que revisam as aplicações da Corte de Supervisão e Inteligência Estrangeira (FISA, na sigla em inglês), que tem a incumbência de verificar e conceder os pedidos. A aprovação de autoridades importantes não é normalmente requerida.
“Uma das coisas que concordamos é que a abertura de uma investigação de contra-inteligência sobre uma campanha presidencial será algo que o diretor do FBI e o procurador-geral terão de aprovar”, disse Barr em uma entrevista coletiva.
O órgão interno regulador do Departamento de Justiça descobriu que autoridades do FBI cometeram diversos erros quando examinaram os contatos entre um ex-conselheiro da campanha de Trump e a Rússia em 2016.
Os erros ajudaram a justificar a condução da vigilância sobre o conselheiro, Carter Page. A investigação assombrou os dois primeiros anos do governo de Trump.
Trump já acusou publicamente agências governamentais dos Estados Unidos de vazarem acusações de que possuiriam material comprometedor sobre ele.