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Banqueiro é multado em US$58 milhões por tirar Picasso da Espanha clandestinamente

MADRI (Reuters) – Um ex-presidente de banco espanhol de 83 anos foi multado em 58 milhões de dólares nesta quinta-feira após ser condenado por levar uma pintura de Pablo Picasso para o exterior clandestinamente depois de a obra ser designada como um tesouro nacional.

Jaime Botín, ex-presidente do Bankinter, também recebeu uma pena de 18 meses de prisão, mas é improvável que a cumpra devido à sua idade avançada e por se tratar de sua primeira infração.

O caso derivou do confisco da “Cabeça de Mulher Jovem”, pintura de 1906 do mestre espanhol avaliada em 26 milhões de euros, do iate de Botín durante uma busca de autoridades da alfândega na ilha francesa de Córsega em 2015.

Procuradores espanhóis acusaram Botín de tentar vender a obra, o que violaria uma proibição de exportação de obras de arte de significado cultural para a Espanha.

Botín, tio da presidente do Santander, Ana Botín, negou as acusações. Embora tenha admitido que a pintura deixou o território espanhol, ele disse que tentava levá-la à Suíça para guardá-la no país.

O veredicto desta quinta-feira, do qual ele pode apelar, também transferiu a propriedade da obra ao Estado espanhol.

O advogado de Botín não estava disponível de imediato para comentar.

Em um parecer divulgado também nesta quinta-feira, a Alta Corte de Madri disse que em 2012 Botín foi informado pela casa de leilões Christie’s que precisaria de permissão oficial para vender a pintura de mais de um século em um leilão em Londres.

Apesar disso, disse a corte, Botín levou a obra à cidade portuária mediterrânea de Valência e ordenou ao capitão de seu iate que a “escondesse das autoridades”.

(Por Emma Pinedo, Ashifa Kassam e Paola Luelmo)

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