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Juiz diz que julgamento de Harvey Weinstein não é ‘referendo’ sobre movimento #MeToo

Por Brendan Pierson

NOVA YORK (Reuters) – Quatro homens e três mulheres foram escolhidos para compor o Júri do julgamento do produtor de Hollywood Harvey Weinstein por estupro, enquanto o juiz alertava sobre o uso do caso para fazer declarações mais amplas sobre o movimento #MeToo. 

Weinstein, de 67 anos de idade, se declarou inocente após ser acusado de agredir sexualmente duas mulheres, e enfrenta a possibilidade de passar o resto da vida na prisão se for condenado na acusação mais grave, a de agressão sexual predatória. 

Desde 2017, mais de 80 mulheres, muitas delas atrizes famosas, acusaram o produtor de má conduta sexual em episódios, alguns deles décadas atrás. Weinstein nega as acusações, dizendo que os encontros sexuais teriam sido consensuais. 

As acusações ajudaram a alimentar o movimento #MeToo, no qual mulheres tornaram públicas acusações de má conduta sexual contra homens poderosos nos negócios, entretenimento e na política. 

“Esse julgamento não é um referendo sobre o movimento #MeToo”, disse o juiz James Burke a possíveis membros do júri na quinta-feira. “Vocês precisam decidir esse caso com base nas evidências.” 

No início da manhã, o juiz ordenou que um homem que era cotado para compor o júri aparecesse diante da corte no dia 10 de março após ele tuitar sobre utilizar o serviço no júri para promover um livro. Burke disse ao homem que ele pode sofrer uma multa ou passar até 30 dias na cadeia. 

Os jurados foram escolhidos de um grupo de cerca de 140 pessoas que passaram por um processo de triagem. Promotores, advogados de Weinstein e Burke estão trabalhando para selecionar 12 jurados e seis substitutos antes dos argumentos de abertura do julgamento, que devem começar no dia 22 de janeiro. 

(Reportagem de Brendan Pierson)

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