São Paulo

Futebol é ferramenta de inclusão em atividade na Fundação Casa

As adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação na unidade da Fundação Casa Chiquinha Gonzaga, no bairro da Mooca, na capital paulista, participaram de uma partida de futebol com roda de conversa com a coletiva Perifeminas, na quinta-feira (16). A coletiva Perifeminas levou ao centro socioeducativo o projeto “Em Campos – do afeto, da empatia e sororidade” com a proposta de dialogar com mulheres e crianças, utilizando o futebol como forma de integração.

A atividade foi uma articulação com o Instituto Mundo Aflora, parceiro da Fundação Casa. “Nós trabalhamos com as relações de família, comunidade LGBT e gênero, não só incentivando a prática esportiva, mas para fortalecer a rede de mulheres”, explica uma das fundadoras, Sidineia Chagas, estudante universitária. “Quando entramos no campo ou na quadra, acabamos lidando com outras situações, como problemas de casa relacionados à violência, à violência sexual e agressão física por parte de companheiros ou familiares”, complementa.

Para a coordenadora pedagógica da unidade da Fundação Casa, Andréa Motta, o objetivo desse tipo de atividade é aprimorar a autoestima das jovens, incentivar o trabalho em equipe e gerar sentimentos, como respeito mútuo. “A mensagem que o Perifeminas passa de superação, de empoderamento feminino é muito importante para as nossas adolescentes perceberem que elas possuem lugar na sociedade”, avalia a coordenadora.

Outro foco do projeto é o compartilhamento de experiências e de histórias de vida, ajudando as adolescentes superarem suas barreiras e prosseguirem diante das dificuldades.“Foi muito bom conhecer um projeto em que só há meninas. Isto me incentivou a continuar e não parar de jogar futebol”, disse a jovem Tais (nome fictício), de 19 anos.

“Para nós é inspirador fortalecer a rede de mulheres no mundo”, afirmou a coordenadora de projetos especiais do Instituto Mundo Aflora, Leticia Macorin. “A missão do Mundo Aflora é criar oportunidades para as meninas que estão ou já saíram do sistema socioeducativo.”

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