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BH diz ter caso suspeito de coronavírus, mas Ministério da Saúde diz que é alarme falso

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde descartou nesta quarta-feira (22) a possibilidade de que um caso atendido em Belo Horizonte possa ser enquadrado como suspeito de coronavírus.
A posição ocorre após a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais divulgar uma nota informando que investigava um caso suspeito. O ministério, porém, afirma que a situação não se enquadra na definição adotada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para esses casos.
O motivo é o fato de que a paciente atendida em Belo Horizonte esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. Segundo a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Whuan.
A paciente, de 35 anos, foi atendida nesta terça-feira (21) na UPA Centro Sul de Belo Horizonte. Ela havia desembarcado da viagem três dias antes com sintomas respiratórios compatíveis com a doença viral aguda, de acordo com a secretaria. Em seguida, foi transferida para observação no Hospital Eduardo de Menezes. A medida ocorreu como precaução diante do histórico de viagens, já que a paciente não apresentava sinais de gravidade clínica.
Em nota, o ministério diz ainda que, até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito no Brasil de pneumonia indeterminada relacionada à situação que ocorre na China.
A pasta informa ainda que tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS. Diz ainda que, assim que houver a definição de situação de emergência pela Organização Mundial de Saúde, irá tomar as medidas cabíveis.
Entre as ações já adotadas, estão a notificação da área de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa, avisos à área de vigilância do Mapa (Ministério da Agricultura) e notificação às secretarias de saúde, “evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias”.
Apesar do modo de transmissão do coronavírus ser desconhecido, a pasta reforça a necessidade de cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas. Entre as orientações, estão evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias, realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes e evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações. 
Os primeiros casos de coronavírus na China foram notificados em 31 de dezembro. Desde então, autoridades chinesas já notificaram 17 mortes pela doença. Ao todo, são 444 casos confirmados de pessoas infectadas. A situação fez com que autoridades da China e de outros países aumentassem os esforços para controlar um surto.
Até o momento, 17 pessoas morreram e 444 casos foram confirmados. O local mais afetado é Wuhan, mas também há casos confirmados em Pequim, Xangai, Macau, Hong Kong. 
Além da China, cinco outros países já têm casos confirmados (EUA, Tailândia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan). 
Cerca de 2.200 pessoas que entraram em contato com pessoas infectadas são mantidas em observação pelo governo chinês. 
A China desestimulou reuniões públicas na província de Hubei (onde fica Wuhan) e intensificou medidas de contenção em hospitais. Enquanto isso, centenas de milhões de chineses se preparam para viajar pelo país e também para o exterior, em comemoração ao Ano Novo Chinês, que acontecerá no próximo domingo (25). 
Segundo autoridades chinesas, já há evidências de que o vírus esteja sendo transmitido de humano para humano. 
Na última semana, um estudo indicou que o número de casos reais pode ser maior do que o revelado pelos órgãos públicos, sugerindo que o governo estava restringindo informações sobre o surto. Pelo menos oito pessoas foram “tratadas de acordo com a lei” por compartilharem informações e relatos sobre a doença em redes sociais, como a Weibo, similar ao Twitter. 
 

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