Trigo toca máxima de 1 ano e meio em Chicago diante de forte demanda global
Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) – Realizações de lucros empurraram os contratos futuros do trigo negociados em Chicago para baixo nesta quarta-feira, após a forte demanda global e preocupações com uma redução nas ofertas levarem o vencimento mais ativo do cereal ao maior nível desde agosto de 2018.
Os futuros da soja também terminaram o dia em queda, enquanto os contratos do milho com vencimentos mais próximos avançaram.
Operadores dos mercados agrícolas seguem aguardando sinais de maior demanda da China após o país se comprometer a ampliar as importações de produtos agrícolas norte-americanos, parte da Fase 1 do acordo comercial entre os países.
Desde a assinatura do pacto na semana passada, os Estados Unidos não confirmaram novas vendas agrícolas para o país asiático.
Ainda assim, um “ritmo acelerado dos negócios globais de trigo” impulsionaram os futuros no início da sessão, disse Rich Feltes, chefe de insights da corretora RJ O’Brien.
O contrato mais ativo do trigo fechou em queda de 0,7%, a 5,7775 dólares por bushel. Mais cedo, ele chegou a avançar até 5,9250 dólares, mais alto patamar para o primeiro mês desde 2 de agosto de 2018.
Os futuros da soja tocaram mínima de um mês, refletindo dúvidas sobre a escala das potenciais compras chinesas após o acordo. Além disso, operadores seguem atentos ao Brasil, que deve produzir uma grande safra nesta temporada.
A soja recuou 0,2%, para 9,1375 dólares o bushel, após cair até 9,1325 dólares, menor cotação para um contrato mais ativo desde 16 de dezembro. Já o milho avançou 0,4%, a 3,8875 dólares/bushel.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)