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Açúcar ganha força na ICE com foco de volta à oferta; café arábica recua

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar negociados na ICE avançaram até 3% nesta terça-feira, com o mercado voltando o foco para o aperto das ofertas, em meio à ausência de grandes exportações da Índia.

O mercado se afastou momentaneamente das preocupações em torno do coronavírus, que havia pressionado os valores na segunda-feira.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 2,3%, ou 0,33 centavo de dólar, a 14,54 centavos de dólar por libra-peso.

* O vencimento tocou mínima de 14,05 centavos na sessão, mas em seguida engatou um rali, conforme o impacto de preocupações macroeconômicas relacionadas ao coronavírus era reavaliado.

* “Os mercados colocaram a carroça na frente dos bois no caso do coronavírus, e agora estão repensando a situação, vendo que exageraram nas vendas de ontem”, disse Shawn Hackett, analista da Hackett Financial. “O açúcar tem uma tendência abrangente de alta.”

* O mercado continua apoiado pela redução das ofertas, com um déficit global amplamente estimado para a atual temporada.

* Compradores globais de açúcar estão ficando cada vez mais tensos à medida que uma muito esperada alta nas exportações da Índia não vem se concretizando, com muitas usinas relutantes em vender seu produto mesmo com os preços globais perto de máximas de dois anos e meio.

* O açúcar branco para março avançou 10,10 dólares, ou 2,5%, para 405,40 dólares a tonelada, com o prêmio para maio impulsionado pelo aperto nas ofertas disponíveis para entrega. O contrato março expira em 14 de fevereiro.

CAFÉ

* O contrato março do café arábica fechou em queda de 1,5%, ou 1,55 centavo de dólar, a 1,0505 dólar por libra-peso, mínima desde novembro.

* Operadores disseram que o aumento nos estoques de arábica certificados pela ICE neste ano está entre os fatores baixistas.

* A perspectiva de uma grande safra no Brasil nesta temporada, ano de alta no ciclo produtivo bienal, também ajudou a manter o mercado na defensiva.

* “Parece que os participantes do mercado estão focando cada vez mais na perspectiva de uma grande safra brasileira de café”, disse em nota o Commerzbank, citando que os preços caíram acentuadamente desde meados de dezembro.

* O café robusta para março recuou 0,1%, ou 1 dólar, para 1.327 dólares por tonelada.

(Por Nigel Hunt e Jessica Resnick-Ault)

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