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Café arábica cai para mínima em uma semana; açúcar bruto recua

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os preços do café arábica na bolsa ICE recuaram nesta quinta-feira para sua mínima em uma semana, com a continuação da venda de fundos e com a baixa história do real em relação ao dólar, enquanto os preços do açúcar bruto também diminuíram.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica baixou 3,72%, para 1,0495 dólar por libra-peso, depois de atingir uma mínima de 1,0480 dólar na semana. Na terça-feira o contrato alcançou a máxima em duas semanas de 1,1380 dólar.

* O real brasileiro caiu nesta quinta-feira, atingindo uma baixa histórica de 4,40 por dólar.

* “As pessoas estão apreensivas porque a moeda (brasileira) está afundando e preocupadas se os brasileiros continuarão abastecendo o mercado com muito café, o que pode ou não ser verdade, porque o café é escasso no mercado lá em baixo, mas isso não significa que especuladores não vendam”, disse Jack Scoville, corretor do Price Futures Group em Chicago.

* A Colômbia, o maior produtor mundial de café arábica lavado, lançou um fundo de 218 bilhões de pesos (63,9 milhões de dólares) destinado a estabilizar os preços do café e proteger os agricultores dos mercados voláteis.

* O contrato maio do café robusta caiu 0,85%, para 1.279 dólares por tonelada

* Os preços do café no Vietnã, o maior produtor mundial de robusta, subiram ligeiramente na semana, à medida que os agricultores seguraram vendas diante de preços baixos, enquanto os prêmios do café indonésio também subiram.

AÇÚCAR

* O contrato março de açúcar bruto recuou 1,2%, para 15,40 centavos de dólar por libra-peso, após atingir uma máxima de dois anos e meio de 15,90 centavos de dólar na semana passada.

* A recente fraqueza do real brasileiro incentivou ainda mais a venda de açúcar no mercado de exportação, onde é cotado em dólares.

* Ainda assim, o açúcar tem sustentação das previsões crescentes de déficit para esta temporada, com preocupações centradas na Tailândia, um dos principais exportadores.

* No entanto, os aumentos nos preços do açúcar tornaram o adoçante mais lucrativo que o etanol, disseram os revendedores, e isso pode levar as usinas de cana no Brasil a produzir mais açúcar ainda este ano. A colheita brasileira, maior produtora, começa em abril.

* O contrato maio de açúcar branco diminuiu 0,55%, para 419,7 dólares por tonelada.

(Reportagem de Devika Krishna Kumar em Nova York, Marcelo Teixeira em São Paulo e Maytaal Angel em Londres)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447745))

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