Economia

Petrobras inicia 1º teste de produção em águas ultraprofundas do Nordeste

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras iniciou neste mês teste de longa duração (TLD) da área de Farfan, na Bacia Sergipe-Alagoas, o primeiro a ser realizado em águas ultraprofundas no Nordeste, para avaliar o comportamento do reservatório em produção e as características do seu petróleo, informou a companhia nesta quinta-feira.

Nessa fase, a produção será iniciada em caráter de teste, a 70 quilômetros da costa sergipana, sem fins comerciais, para comprovar a qualidade do reservatório e definir os futuros projetos de desenvolvimento da produção.  

Iniciado em 22 de fevereiro, o TLD está previsto para durar cerca de 180 dias, com desmobilização planejada para o segundo semestre de 2020. As informações técnicas coletadas darão suporte para a definição dos próximos passos do projeto Sergipe Águas Profundas – Módulo 1 (SEAP 1), do qual Farfan faz parte.

A produção média prevista durante a realização do TLD será de aproximadamente 7.000 barris de óleo por dia e 500.000 metros cúbicos por dia de gás associado, sendo uma parcela consumida como combustível no próprio navio do tipo FPSO Cidade de São Vicente, utilizado na operação.

“O TLD de Farfan é o primeiro que será realizado em águas ultraprofundas no Nordeste, cujo poço está localizado em lâmina d’água de aproximadamente 2.500m, sendo o mais profundo que a Petrobras já colocou para produzir no Brasil”, destacou a empresa.

Para realização do teste, o FPSO foi ancorado no fim de 2019 na locação, em uma profundidade de 2.250 metros. Na sequência, o poço 3-BRSA-1178D-SES (3-SES-176D) foi interligado ao navio por meio de linhas flexíveis.

Antes do início dos testes, durante a fase de implementação do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), foram realizadas atividades de perfuração e sísmica que confirmaram a presença de “óleo de excelente qualidade” na região da Bacia de Sergipe-Alagoas, pontuou a petroleira.

A Petrobras é a operadora da concessão BM-SEAL-11, com 60% de participação, e tem como parceira no ativo a IBV.

(Por Marta Nogueira)

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