Agro

Futuros de grãos em Chicago renovam mínimas em meio a queda livre dos mercados

Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho negociados em Chicago atingiram novas mínimas de vencimento nesta sexta-feira, enquanto o trigo recuou para o menor nível em três meses e meio, cedendo pela sétima vez em oito sessões, à medida que um salto no número de casos de coronavírus fora da China alimentou temores de uma pandemia.

A soja também registrou baixa, revertendo o curso após três dias de ganhos, conforme os mercados acionários e de energia ampliaram fortes liquidações em meio à rápida disseminação do vírus, que gera receios de uma recessão global.

Ainda assim, o contrato mais ativo da soja acumulou um leve ganho na semana, embora o milho tenha verificado no período a queda mais acentuada desde o início de novembro e o trigo, a maior perda em um ano.

“Há muito pânico por aí”, disse Terry Linn, analista da Linn & Associates. “É a característica dominante dos mercados.”

Os mercados globais de ações e de petróleo caminham para a pior semana desde a crise financeira de 2008, com investidores preocupados com o risco de que o coronavírus se transforme em uma pandemia e desencadeie uma recessão mundial.

O contrato maio do milho atingiu uma mínima de 3,6575 dólares/bushel no dia, mas mudou de rumo e fechou em leve alta de 0,25 centavo de dólar, a 3,6825 dólares por bushel. Todos os contratos do milho renovaram mínimas históricas, com exceção do vencimento “spot” para março e o de julho de 2021.

O trigo para maio recuou 2,50 centavos, para 5,25 dólares o bushel, depois de tocar mínima de 5,1250 dólares –menor nível desde 18 de novembro.

A soja teve queda de 2,25 centavos, fechando a 8,9275 dólares por bushel.

(Reportagem de Karl Plume em Chicago, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)

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