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Corredores desafiam nevasca para disputar maratona sobre o gelo siberiano

LAGO BAIKAL, Rússia (Reuters) – O lago siberiano congelado havia sido atingido por uma nevasca e ventos tempestuosos e havia neve grossa no solo, mas estas eram condições relativamente favoráveis para os corredores de uma maratona extrema que competiam no local, no domingo.

Em anos anteriores, as temperaturas chegaram a menos 30 graus Celsius durante a Maratona de Gelo no Lago Baikal, na Rússia, o maior lago de água doce do mundo, onde corredores convergem anualmente para uma maratona completa de 42 quilômetros ou uma meia maratona.

Em algumas ocasiões, rachaduras na superfície gelada da rota se abriram no meio da prova. “O clima na verdade estava muito bom hoje”, disse Denis Merenkov, de 45 anos, cuja barba estava congelada enquanto ele tomava uma bebida quente ao final de uma meia maratona.

“Dois anos atrás foi muito pior”.

Afastados por distâncias longas sob visibilidade baixa, os competidores às vezes não conseguem ver ninguém à sua frente ou atrás — na verdade pouca coisa é visível além da neve branca sob os pés e a que cai do céu.

As condições climáticas podem mudar rapidamente, e os organizadores dizem limitar o número de maratonistas a um máximo de 132 por ano para poderem garantir a segurança de todos.

Corredores de todo o mundo viajam para participar, e neste ano a temperatura oscilou entre menos 10º e menos 12º Celsius.

Apesar do espetáculo surreal e do clima adverso, os organizadores pareceram mais surpresos de que os competidores tenham chegado à linha de partida, dadas as restrições de viagem adotadas para conter a disseminação do coronavírus.

“Apesar do coronavírus, todos eles vieram — de 31 países”, disse Alexei Nikiforov.

(Reportagem da Reuters TV)

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