São Paulo

Instituto de Química da Unicamp renova certificado internacional de qualidade

Infraestrutura, matriz curricular e corpo docente estão entre os componentes que fizeram o Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) obter a renovação da acreditação da Royal Society of Chemistry (RSC), associação internacional de pesquisadores da área de Química, sem fins lucrativos, que impulsiona diversas atividades científicas no campo.

Além do reconhecimento da excelência dos cursos de Química, o selo abre mais portas aos alunos do IQ, possibilitando intercâmbios e um certificado que atesta o alto nível de formação obtido na instituição de ensino.

A acreditação, segundo o diretor do IQ, Marco Aurélio Zezzi Arruda, oferece um certificado junto com os diplomas emitidos no instituto. “A importância é fundamental tanto para os estudantes como para a nossa comunidade. Os alunos têm duas coisas muito importantes: a qualidade do ensino, pois atingimos um patamar internacional, e abertura de possibilidades de trabalho não só no Brasil, como no exterior”, explica.

Já para a comunidade acadêmica, o diretor salienta que a certificação chancela um reconhecimento importante para os docentes, pelo trabalho desenvolvido no ensino, e para a própria Unicamp, na medida em que se reconhece a excelência dos cursos.

Acreditação

A primeira acreditação do IQ ocorreu em 2014. Como a certificação tem duração de cinco anos, em 2019 uma equipe da Royal Society se deslocou ao instituto para revalidar o processo. No fim do ano, foi renovada a certificação.

“O parecer deles enaltece que nós temos uma infraestrutura fantástica, de altíssimo nível. O grande nível de envolvimento dos nossos alunos também chamou a atenção deles e os marcou muito positivamente essa interação do corpo discente”, afirma o coordenador de Graduação do IQ, Italo Odone Mazali.

Na América do Sul, apenas Unicamp e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) possuem a certificação. Segundo o coordenador de Graduação, mais que um selo, a certificação pela RSC mostra a vontade do IQ em estabelecer parcerias com interlocutores de alto nível. Com a acreditação, é facilitado aos alunos participar de programas da RSC, como intercâmbios em universidades do Reino Unido, por meio de bolsas de curta duração.

Italo Odone Mazali também conta que o IQ da Unicamp superou todos os componentes exigidos pela Royal com relativa facilidade. Em 2014, os elementos eram ainda incipientes, como a disponibilização de ementas e apostilas em língua inglesa, ao longo dos cinco anos já adotados pela unidade.

A indicação da RSC de que as avaliações não sejam exclusivas do professor que ministra a disciplina também serão consideradas. “Vamos implementar um modelo que talvez seja inédito no país. Todas as nossas provas de graduação, antes de serem aplicadas aos estudantes, serão avaliadas pelos pares docentes. Isso busca assegurar uma uniformização do ensino. E para o aluno é bom porque significa que a instituição está preocupada com aquela avaliação que está chegando a ele. Isso visa a transformar a avaliação em institucional e não numa avaliação do indivíduo”, ressalta o coordenador.

Royal Society

A Royal Society of Chemistry também consiste em uma editora que atualmente é responsável por 50 revistas científicas. Ela nasceu no Reino Unido, em 1841, e possui escritórios nos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Índia e Brasil.

Para a representante da RSC no Brasil, Elizabeth Magalhães, o processo de acreditação oferece um reconhecimento diferencial na trajetória profissional e acadêmica dos graduandos. “Estudantes vindo dessas universidades são mais considerados. Quando você mostra que o aluno passou por esse escrutínio todo, indica que é um aluno com uma base boa e que tem condições de corresponder às necessidades da pesquisa. É uma forma de reconhecimento”, diz.

Segundo Elizabeth Magalhães, é gratificante acompanhar o IQ obtendo a acreditação e, ainda, poder promover a ciência que é realizada no Brasil. “Além de promover a RSC no Brasil, sou ex-aluna da Unicamp e é com muito orgulho que vejo a universidade ser alçada a esta posição, mostrando que o que se faz no Brasil tem uma qualidade tão boa quanto em qualquer outra parte do mundo”, enfatiza.

A representante da RSC no País também compartilha que chamou muito a atenção dos professores avaliadores da associação a alta carga horária dos cursos do IQ, além da possibilidade de os alunos terem mais flexibilidade, ao fim da graduação, para cursarem disciplinas eletivas.

Parceria

Com o objetivo de celebrar a renovação da acreditação e a parceria entre o Instituto de Química e a Royal Society of Chemistry, no dia 10 de março ocorre uma aula magna aberta ao público com o professor do Imperial College, Roberto Rinaldi. O pesquisador, formado e pós-graduado pelo IQ/Unicamp, compartilhará sua trajetória acadêmica.

A cerimônia, que tem início às 13h30, no Centro de Convenções da Unicamp, contará com a representante da RSC no Brasil, Elizabeth Magalhães; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago; a coordenadora-geral da Unicamp, Teresa Atvars; a pró-reitora de Graduação, Eliane Amaral, e outras representações de unidades acadêmicas.

O diretor e o coordenador de graduação do IQ salientam que, mais que comemorar a reacreditação, o evento visa a dar visibilidade à parceria e à importância da internacionalização.

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