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Em reação ao coronavírus, Congresso dos EUA fecha ao público até abril

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O Congresso dos EUA anunciou nesta quinta-feira (12) que fechará as portas ao público até o início de abril em reação à pandemia do coronavírus.
A votação desta quinta-feira na Câmara -prevista como a última da semana- também foi suspensa, mas os parlamentares podem voltar ao trabalho assim que convocados pelo presidente da sessão.
Em comunicado conjunto, a Câmara e o Senado americanos afirmaram que, seguindo recomendações dos departamentos de saúde do país, as visitas ao Congresso estarão suspensas a partir das 17h locais (18h de Brasília) desta quinta-feira até 1º de abril.
“Estamos tomando essa medida temporária por preocupação com a saúde e segurança dos funcionários do Congresso e também do público”, diz a nota.
Até lá, a entrada no Congresso fica permitida somente para parlamentares, funcionários, pessoas que estiverem no local a negócios e imprensa credenciada.
As visitas guiadas eram feitas de segunda a sábado, das 8h30 às 16h30.
A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, resiste em declarar qualquer tipo de adaptação ao trabalho do Legislativo durante a pandemia do coronavírus.
Na semana passada, ela disse a aliados que os parlamentares são “os capitães do navio” e, portanto, “os últimos a sair.”
Isso porque havia sido ventilada entre os parlamentares a possibilidade de fazer voto remoto ou até mesmo estender o período de recesso, mas a democrata inicialmente rechaçou a ideia.
O Congresso americano é um local propício para a transmissão do vírus. Vários deputados e senadores estão no grupo de risco, pois têm mais de 60 anos e, em ambientes fechados durante quase todo o dia, conversam e se cumprimentam exaustivamente.
Nos EUA já foram registrados mais de 1.200 casos e pelo menos 37 mortes. Nesta quarta-feira (11), a prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou estado de emergência na cidade, e o presidente Donald Trump fez um pronunciamento à nação anunciando uma série de medidas, como a suspensão por 30 dias da entrada de passageiros vindos da Europa, exceto Reino Unido.
Trump estava minimizando a crise do coronavírus até esta quarta. O Congresso não descarta novas medidas caso a situação se agrave ainda mais.

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