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Açúcar bruto bate mínima de 6 meses na ICE; café também recua

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE recuaram para uma mínima de seis meses nesta segunda-feira, pressionados em parte pelo forte declínio nos mercados do petróleo, enquanto os cafés arábica e robusta terminaram o dia também em queda.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de mais de 5%, ou 0,61 centavo de dólar, a 11,09 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir uma mínima de seis meses de 11 centavos.

* Operadores disseram que nos últimos dias fundos podem ter liquidado a posição comprada líquida, e que o mercado ainda aguarda para ver o quão vendidos eles ficaram.

* O enfraquecimento das cotações do petróleo e a queda no preço da gasolina no Brasil também geraram expectativas de que as usinas do país possam alterar o mix de produção em favor do adoçante, reduzindo a fabricação de etanol.

* “Uma das implicações primárias do Covid-19 para a oferta de commodities agrícolas é o panorama de produção de açúcar e etanol no centro-sul do Brasil”, destacou o JPMorgan em nota.

* A trading de açúcar Czarnikow reduziu sua estimativa para o consumo global do adoçante neste ano em quase 2 milhões de toneladas, afirmando que a pandemia de coronavírus vai diminuir o uso do adoçante em países que impuseram medidas de isolamento.

* O açúcar branco para maio recuou 12,50 dólares, ou 3,4%, para 342,50 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em queda de 2,85 centavos de dólar, ou 2,7%, a 1,0390 dólar por libra-peso.

* Alguns operadores acreditam que o aumento no consumo doméstico não será suficiente para compensar as perdas nas vendas de café em restaurantes e cafeterias de país afetados pelo coronavírus.

* “É difícil imaginar que o consumo geral não vá ser impactado, uma vez que em alguns mercados maduros, como a Itália, o consumo fora de casa representa uma grande parcela da demanda”, disse um operador de uma grande exportadora brasileira de café.

* O café robusta para maio recuou 20 dólares, ou 1,5%, para 1.225 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)

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