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MP vai na contramão de medidas de outros países, diz associação de magistrados

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) manifestou “veemente e absoluto repúdio” à MP (medida provisória) do governo que muda regras trabalhistas durante o período de calamidade.
Na noite de domingo (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou MP que autoriza suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses por conta do coronavírus.
Nota da entidade afirma que a MP vai na contramão de medidas protetivas do emprego e da renda adotadas pelos principais países atingidos pela pandemia, como França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos.
Para a entidade, a medida retira dos trabalhadores condições materiais mínimas para o enfrentamento do vírus e para a manutenção de condições básicas de subsistência e de saúde.
“De forma inoportuna e desastrosa, simplesmente destrói o pouco que resta dos alicerces históricos das relações individuais e coletivas de trabalho, impactando direta e profundamente na subsistência dos trabalhadores”, afirma a Anamatra.
A entidade ainda critica itens a flexibilização do pagamento de férias. Para a Anamatra, o governo pede o sacrifício individual das pessoas que necessitam do trabalho para viver enquanto estaria deixando de considerar medidas como a taxação sobre grandes fortunas, a isenção de impostos sobre folha de salário e sobre a circulação de bens e serviços de forma extraordinária.
“Em momentos como o presente é que mais se devem reafirmar as conquistas e salvaguardas sociais e econômicas inscritas, em prol da dignidade da pessoa humana e do trabalhador e da trabalhadora, do desenvolvimento socioeconômico e da paz social”, afirma a entidade.

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