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Asterix enfrentou o vilão Coronavírus em HQ três anos antes da pandemia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em “Asterix e a Transitálica”, as estradas do Império Romano estão um caco. Trata-se do 37º livro da franquia criada por René Goscinny e Albert Uderzo, morto nesta terça (24), ao 92 anos.
Contrariado, um senador romano anuncia uma grande corrida atravessando toda a península itálica para provar que as estradas estão boas sim –e para, de quebra, desviar a atenção de sua bufonice caricata e da corrupção.
A notícia da corrida acaba chegando à Gália e logo chama a atenção de Obelix, que convence seu amigo Asterix a participar da competição. Em Roma, a dupla se depara com o favorito da corrida, o Coronavírus.
O personagem não é resultado de um exercício de futurologia e não tem nenhuma relação com a pandemia de 2020. A edição da HQ foi lançada em 2017, quando a Itália nem sonhava em ficar de quarentena.
O antogonista utiliza uma máscara que pode ser entendida como uma coroa (“corona”, em italiano), mas a escolha dos nomes dos personagens costumava ser aleatória. O sufixo “us” é de praxe na HQ, é quase sempre utilizado para denominar os romanos na franquia. A única regra é o bom humor. Daí nomes como Detritus, Trolebus –há até um chamado Antivírus. Para as mulheres romanas, valiam nomes como Mozarella.
O livro não tem edição brasileira, apenas uma em português lusitano.
Albert Uderzo morreu enquanto dormia, vítima de um ataque cardíaco, sem relação com o coronavírus, de acordo com sua família.
Depois de “Astérix e a Transitálica”, foi lançada a 38ª edição da franquia, “A Filha de Vercingétorix”, em outubro do ano passado na França, que trouxe, pela primeira vez, uma protagonista feminina.

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