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Bombeiros britânicos entregarão comida e recolherão corpos durante crise do coronavírus

Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) – O Reino Unido recorrerá a bombeiros para ajudar a entregar comida, recolher corpos e dirigir ambulâncias, à medida que se prepara para o pico do surto do novo coronavírus, que já matou mais de 22 mil pessoas em todo o mundo.

Inicialmente, o país adotou uma abordagem surpreendentemente modesta para a pior crise de saúde desde a epidemia de gripe de 1918, mas mudou de rumo e impôs controles rígidos depois que projeções mostraram que 250 mil britânicos poderiam morrer.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que teve exame positivo para a doença, ordenou uma quarentana na quinta maior economia do mundo para evitar a disseminação do vírus da Covid-19, proibindo os britânicos de saírem de casa para tarefas que não sejam essenciais.

Até agora, 578 pessoas do Reino Unido morreram depois de serem diagnosticadas com o coronavírus, e o número de casos confirmados subiu para 11.658. A cifra é a sétima pior do mundo, vindo atrás de Itália, Espanha, China, Irã, França e Estados Unidos, de acordo com uma contagem da Reuters.

Conforme um acordo entre o Sindicato de Brigadas de Incêndio (FBU), chefes de bombeiros e empregados do Corpo de Bombeiros e socorristas, os bombeiros continuarão a atender as emergências comuns, mas agora também realizarão novas tarefas.

“Enfrentamos uma crise de saúde pública sem paralelo em nossa era. O surto de coronavírus agora é uma emergência humanitária, e os bombeiros com razão querem ajudar suas comunidades”, disse Matt Wrack, secretário-geral do FBU.

“Muitos temem que a perda de vidas pode ser assombrosa neste surto, e os bombeiros, que muitas vezes lidam com situações e incidentes terríveis, estão prontos para prestar assistência com a remoção de corpos”.

Além de recolher os mortos em caso de falecimentos em massa, os bombeiros podem dirigir ambulâncias e levar alimentos e remédios às pessoas vulneráveis, segundo o acordo.

Para lidar com o surto, o Reino Unido já pediu que dezenas de milhares de médicos e agentes de saúde aposentados voltem ao trabalho, e centenas de milhares de pessoas se ofereceram para auxiliar o Sistema Nacional de Saúde estatal.

Nesta sexta-feira, o serviço de ambulâncias da capital apelou pela ajuda de ex-paramédicos e funcionários de salas de comando, e a força policial de Londres pediu a volta de agentes aposentados nos últimos cinco anos.

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