Agro

Milho recua ante menor demanda de produtores de etanol; soja avança com farelo

Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho negociados em Chicago recuaram mais de 1% nesta segunda-feira, diante da queda na demanda de produtores de etanol pelo grão, à medida que restrições a viagens devido à pandemia de coronavírus limitam o consumo do biocombustível.

Os futuros da soja terminaram o dia sem direção comum, com os vencimentos mais próximos impulsionados pelos firmes preços do farelo de soja e por preocupações que os isolamentos possam afetar os embarques de soja da América do Sul. Já a maior parte dos futuros do trigo fechou em alta, conforme a Rússia, maior exportadora mundial do produto, parece pronta para restringir embarques.

“Havia esperança de que hoje começássemos a ouvir notícias melhores sobre talvez sair do isolamento em breve, mas na verdade estamos ouvindo que isso levará mais tempo. Isso está pressionando o mercado de energia, e você não pode excluir o milho desse cenário”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado da Zaner Ag Hedge.

O contrato maio do milho fechou em queda de 4,75 centavos de dólar, a 3,4125 dólares por bushel, enquanto o trigo para maio cedeu 1,75 centavo, a 5,6950 dólares o bushel.

O vencimento maio da soja terminou o dia em alta de 0,75 centavo, a 8,8225 dólares por bushel, apoiado pela perspectiva de forte demanda por farelo de soja em meio à oferta reduzida de grãos secos por destilação, um subproduto do etanol.

“Na soja, tudo diz respeito ao farelo”, disse Jeff French, analista da Top Third Marketing. “Eles precisam de proteína, e o mercado mais barato é o de farelo.”

(Reportagem adicional de Christopher Walljasper em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)

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