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FIA decide que equipes da F-1 não podem mais desenvolver carro de 2022 nesse ano

De olho no impacto que a pandemia do novo coronavírus está causando na Fórmula 1, a Federção Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês), através do Conselho Mundial do Esporte a Motor, divulgou um comunicado oficial nesta terça-feira confirmando que aprovou uma série de mudanças no regulamento da categoria em resposta à situação global.

Entre as medidas, a de maior relevância diz respeito à proibição de desenvolvimento “aerodinâmico” do modelo de 2022 durante o ano de 2020, que passou a valer a partir do último sábado. Essa mudança vem na esteira dos pedidos da escuderias para reduzir os custos de 2020 após o novo regulamento técnico ter sido adiado de 2021 para 2022, que recebeu aprovação formal do Conselho na reunião.

Agora as equipes conversam sobre o possível adiamento das novas regras não mais para 2022, mas para 2023. Segundo Christian Horner, chefe da Red Bull, seria irresponsável fazer um novo carro com o orçamento que os times terão em 2021 que corresponde ao que foi ganho nesta temporada.

“Temos conversado sobre adiar em mais um ano o regulamento porque na minha cabeça seria irresponsável ter o fardo dos gastos de um desenvolvimento em 2021. Parece que temos uma aceitação razoável, mas precisamos da ratificação da FIA para que seja aprovado”, afirmou o dirigente, em entrevista ao canal inglês BBC.

O Conselho também confirmou as mudanças que foram feitas no regulamento esportivo, que permitiriam à FIA e Fórmula 1 “reagir à crise e organizar um calendário de corridas que guarde o valor comercial do campeonato e que reduza o máximo possível de custos”. As duas entidades agora têm o poder de mudá-lo sem a necessidade de votos, enquanto que alguns artigos do regulamento passam a requerer apenas apoio da maioria das equipes, ao invés da unanimidade.

O calendário da Fórmula 1 em 2020 sofreu impactos severos devido à pandemia da covid-19. Os GPs da Austrália e de Mônaco foram cancelados, enquanto que as corridas de Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha e Azerbaijão estão adiadas. O CEO da F-1, o norte-americano Chase Carey, disse recentemente que espera fazer a temporada de 2020 com 15 a 18 etapas, iniciando no verão europeu.

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