Agro

Milho recua após projeção dos EUA para área de plantio superar expectativas

Por Christopher Walljasper e Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho negociados em Chicago recuaram nesta terça-feira, depois de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) estimar o plantio do cereal no país em 2020 em uma máxima de oito anos, muito acima das expectativas do mercado, enquanto a soja se firmou com a perspectiva de uma área de plantio aquém do esperado.

As perdas do milho foram limitadas por estimativas mais ajustadas do que se esperava para os estoques trimestrais do grão nos EUA, mas a maior parte dos vencimentos registrou mínimas de contrato após a divulgação dos relatórios do governo.

A robusta estimativa do USDA para a área de plantio ocorre em um momento em que diversas plantas de etanol, que utilizam mais de um terço da safra norte-americana de milho, desaceleraram ou interromperam produção em meio à forte queda nos preços da energia, desencadeada pela pandemia de coronavírus.

“(A projeção) é de uma safra 15% maior, se você observar as tendências de produtividade. Isso é muito milho para absorver, especialmente em um ambiente de demanda fraca por etanol e em uma situação de dólar forte”, disse Bill Lapp, da Advanced Economic Solutions.

O contrato maio do milho fechou em queda de 0,50 centavo de dólar, a 3,4075 dólares por bushel, enquanto todos os vencimentos a partir de setembro de 2020 bateram mínimas contratuais. A soja para maio avançou 3,75 centavos, para 8,86 dólares/bushel. O vencimento maio do trigo cedeu 0,75 centavo, a 5,6875 dólares o bushel.

No acumulado de março, os futuros do milho perderam 7,5%, maior recuo mensal desde agosto, enquanto a soja teve modesta alta de 0,8%. Já o trigo avançou 8,3% no mês, o ganho mais forte desde maio do ano passado.

(Reportagem adicional de Michael Hogan, em Hamburgo, e Naveen Thukral, em Cingapura)

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