Economia

Ações fecham em queda após dados de manufatura sinalizarem mais dor à frente

Por Ambar Warrick e Sagarika Jaisinghani

(Reuters) – As ações europeias encerraram em baixa nesta quarta-feira, em meio a dados econômicos cada vez mais terríveis devido ao coronavírus, enquanto os papéis de bancos despencaram conforme várias grandes instituições do setor suspenderam o pagamento de dividendos.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 2,92%, a 1.224 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 2,9%, a 311 pontos. Na terça-feira, o STOXX encerrou os primeiros três meses do ano com a maior perda trimestral em quase 18 anos. No período de janeiro a março o valor de mercado das companhias que compõem o índice despencou cerca de 2,8 trilhões de dólares.

Uma pesquisa mostrou que a atividade industrial da zona do euro entrou em colapso em março, com analistas prevendo que interrupções prolongadas no setor podem ter um impacto duradouro e profundo na economia.

“Com a produção e a atividade empresarial reduzidas a níveis extremamente baixos e já que as medidas de contenção ainda precisam provar sua eficácia, a maioria das empresas é confrontada com uma queda drástica nas receitas, o que provavelmente levará a um rápido aumento do desemprego”, disse Davide Oneglia, economista da TS Lombard.

“Esperamos uma recessão severa na zona do euro no primeiro semestre e apenas uma recuperação modesta depois disso.”

A expectativa é que o lucro das empresas listadas no STOXX 600 caia em um quinto no segundo trimestre, aprofundando a recessão europeia no setor corporativo, enquanto os dividendos pagos por essas empresas provavelmente devem cair cerca de 40%.

As ações de bancos estiveram entre os piores desempenhos do dia, em queda de 5,8%. Pesos-pesados do índice HSBC, Santander e Lloyds of London estiveram entre as maiores quedas do setor, depois que suspenderam o pagamento de dividendos para reforçar a liquidez.

Os papéis de viagens e lazer recuaram 6,4%, apagando os ganhos da sessão anterior, pois o setor ainda enfrenta imensa pressão com as restrições generalizadas de movimentos devido ao surto.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 3,83%, a 5.454,57 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 3,94%, a 09.544,75 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 4,30%, a 4.207,24 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,97%, a 16.544,97 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 3,04%, a 6.579,40 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,89%, a 3.992,69 pontos.

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