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Açúcar e café se recuperam na ICE diante de altas no petróleo e ações

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar e café negociados na ICE avançaram nesta quarta-feira, diante de altas nos preços do petróleo e nos mercados acionários, com governos ao redor do mundo prometendo mais auxílios para que os “lockdowns” forçados pelo coronavírus sejam aliviados.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,08 centavo de dólar, ou 0,8%, a 9,83 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir na véspera uma mínima de 12 anos (9,55 centavos).

* Operadores disseram que embora o açúcar continue dominado por sinais macroeconômicos fracos, as preocupações estão aumentando em relação às medidas de isolamento no Brasil, que poderiam levar usinas a reduzir a moagem de cana ou a fechar por razões financeiras.

* “Uma das principais razões para a fraqueza do açúcar neste momento é a expectativa de que o centro-sul do Brasil aumentará a produção do adoçante em mais de 10 milhões de toneladas, na comparação com as últimas duas temporadas. Isso seria improvável em caso de comprometimento das atividades das usinas”, disse a ADM Investor Services em nota a clientes.

* O açúcar perdeu um terço de seu valor desde meados de fevereiro, especialmente por causa das expectativas de aumento de produção no Brasil.

* Enquanto isso na Tailândia, segunda maior exportadora de açúcar do mundo, a produção atingiu o menor nível em uma década em 2019/20, com os rendimentos afetados por uma forte seca.

* O açúcar branco para agosto avançou 2,60 dólares, ou 0,8%, para 324,60 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O contrato julho do café arábica fechou em alta de 0,55 centavo de dólar, ou 0,5%, a 1,1205 dólar por libra-peso, após tocar uma mínima de um mês na segunda-feira.

* Operadores disseram que apesar das vendas perdidas “fora de casa” (em bares, restaurantes, cafeterias), o cenário fundamental ainda é positivo.

* A Marex Spectron afirmou em nota a clientes que dados da Associação Norte-Americana de Café Verde (GCA, na sigla em inglês) mostram que neste momento os estoques estão mais baixos do que no pico de setembro de 2019.

* “É a primeira vez que eles ficam abaixo da média de cinco anos desde novembro de 2018”, disse.

* O café robusta para julho recuou 18 dólares, ou 1,6%, para 1.121 dólares por tonelada.

(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)

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