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Austrália diz que China não respondeu a pedidos por negociação comercial

Por Kirsty Needham

SYDNEY (Reuters) – A China não respondeu a um pedido da Austrália por negociações urgentes depois de suspensões e ameaças tarifárias por parte dos chineses afetarem importantes exportações agrícolas do país da Oceania, disse o ministro do Comércio australiano, em meio a tensões causadas pelo pedido de Canberra por uma investigação sobre a pandemia de coronavírus.

A Austrália está pressionando por uma investigação independente sobre os surtos de coronavírus como forma de prevenção a futuras pandemias, mas a medida irritou a China, sua maior parceira comercial, que acredita que tal pedido é uma propaganda anti-China.

O ministro do Comércio australiano, Simon Birmingham, disse nesta quarta-feira que não obteve resposta após solicitar uma conferência com o ministro do Comércio chinês, Zhong Shan, depois de autoridades alfandegárias da China barrarem quatro grandes exportadores de carne bovina da Austrália nesta semana.

“A bola está no lado da quadra do governo chinês”, afirmou Birmingam à rede de televisão ABC. “Nós deixamos muito claro que eu estou disponível e pronto para uma discussão.”

As suspensões ao setor de carne ocorreram dias após a China propor uma tarifa de 80% sobre os embarques de cevada da Austrália, elevando preocupações quanto a medidas retaliatórias por parte de Pequim após o pedido dos australianos para a investigação da pandemia.

Autoridades chinesas afirmaram “de maneira privada e pública que esses assuntos não têm conexão”, disse Birmingham mais cedo ao canal de TV Seven, acrescentando que a Austrália busca uma relação respeitosa com a China.

Birmingham disse que a suspensão à carne bovina está ligada a problemas com rótulos e certificados sanitários, enquanto as tarifas à cevada seriam relacionadas a um caso antidumping.

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