Economy

Com planos de trabalho remoto permanente, Facebook anula esperanças de arbitragem salarial

Por Katie Paul

SAN FRANCISCO (Reuters) – Com a adoção do trabalho remoto permanente pelo Facebook na quinta-feira, o presidente-executivo Mark Zuckerberg desamarrou uma das maiores empresas do Vale do Silício do local que a incubou.

Mas ele também frustrou um sonho do Vale do Silício: que os profissionais de tecnologia pudessem levar seus generosos salários enquanto fugiam dos esmagadores custos de moradias, das calçadas sujas e estradas lotadas da área.

Conforme as medidas de isolamento entram no terceiro mês, populares fóruns de trabalhadores de tecnologia bem remunerados se iluminavam com fantasias de trabalhar a longo prazo em praias tropicais e casas espaçosas em pequenas cidades acessíveis no Centro-Oeste.

“Isso significa que eu poderia me candidatar a um emprego no Vale do Silício e trabalhar remotamente, digamos, no Caribe?”, escreveu um usuário no Blind, um aplicativo desenvolvido para permitir que os trabalhadores trocassem informações anonimamente.

Temo que não, disse Zuckerberg, dirigindo-se a funcionários em uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook.

A empresa, uma das maiores empregadoras do Vale do Silício, está dando aos funcionários norte-americanos aprovados para trabalhar remotamente até 1º de janeiro de 2021 para atualizar a empresa sobre onde eles planejam se basear; nesse momento, seus salários serão ajustados para refletir o custo de vida local.

Zuckerberg disse que espera que metade da força de trabalho do Facebook aceite a oferta nos próximos cinco a 10 anos.

Um porta-voz do Facebook disse que a empresa não estava planejando demissões, mudanças obrigatórias ou ajustes salariais para os funcionários que optarem por ficar na área.

tagreuters.com2020binary_LYNXMPEG4L1E9-BASEIMAGE

To Top