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Hertz deverá pedir recuperação judicial nos EUA, diz jornal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A multinacional de aluguel de automóveis Hertz deverá pedir recuperação judicial nos Estados Unidos depois de não ter conseguido negociar com seus credores mais relevantes um acordo para postergar pagamentos, segundo reportagem do jornal Wall Street Journal.
O pedido, segundo a publicação, seria feito neste fim de semana e ocorre em meio a restrições de mobilidade impostas pelas autoridades que derrubaram a demanda do mercado de aluguel de veículos nos EUA.
A dívida da companhia é de cerca de US$ 19 bilhões (R$ 105 bilhões), de acordo com o jornal americano. Desse valor, US$ 4,3 bilhões seriam empréstimos e títulos corporativos e US$ 14,4 bilhões em dívidas lastreadas em veículos. A frota da empresa é de aproximadamente 770 mil carros.
Se concretizada, a recuperação judicial da Hertz seria uma das maiores desde a pandemia de coronavírus no país. As operações do setor no país são afetadas tanto pela redução de viagens em meio à pandemia quanto pela retração no mercado automotivo.
A companhia não conseguiu pagar parte de seus vencimentos previstos para o mês passado, mas havia convencido os credores a esperarem até esta sexta-feira (22) sem que fosse declarado o calote.
Vencido o tempo, a Hertz não conseguiu aprovar nova extensão no prazo, segundo a reportagem. Os credores queriam uma compensação antecipada da empresa, mas não houve acordo.
A companhia já operou no Brasil e teve no país frota de 9 mil veículos. Em 2016, a Localiza adquiriu a operação da americana em negócio de R$ 337 milhões à época.
Nos EUA, a Hertz tenta reestruturar seu negócio há anos, e enfrenta competição forte com concorrentes locais como a Avis. Segundo o Wall Street Journal, as duas empresas cortaram salários de executivos recentemente. A Hertz já suspendeu 10 mil contratos nos Estados Unidos.

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