Asia

Milho e soja recuam em Chicago por tensão EUA-China

Por Christopher Walljasper

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho e da soja negociados em Chicago recuaram nesta sexta-feira, com as escalada das tensões entre Estados Unidos e China por causa das restrições propostas por Pequim sobre Hong Kong pressionando os mercados após uma semana de ganhos.

Três fontes disseram à Reuters que a China pode reduzir as importações agrícolas provenientes dos EUA caso Washington reaja de forma severa ao esforço de Pequim para impor novas legislações de segurança nacional a Hong Kong.

“Hoje o mercado se guiou pelas manchetes, com a incerteza sobre as relações entre EUA e China”, disse Terry Reilly, analista sênior de futuros agrícolas da Futures International.

O trigo, no entanto, terminou o dia em alta, com operadores avaliando previsões de tempo quente e seco nas Planícies norte-americanas e a Europa reduzindo estimativas de safra após uma primavera seca.

O contrato mais ativo do milho fechou em queda de 1,75 centavo de dólar, a 3,2575 dólares por bushel, mas acumulou ganhos de 2,3% na semana, o maior avanço semanal desde a semana terminada em 29 de novembro de 2019. No mês, o milho teve alta de 1,7%, maior avanço desde setembro de 2019 e primeiro ganho mensal desde dezembro.

A soja recuou 6,25 centavos, para 8,4075 dólares o bushel, afastando-se da máxima de duas semanas registrada na quinta-feira (8,5225 dólares), mas fechando a semana com alta de 1,7%, a primeira em três semanas. No mês, a oleaginosa cedeu 0,9%, terceira queda mensal consecutiva.

Já o trigo avançou 6,25 centavos, a 5,2075 dólares o bushel. Na semana, teve alta de 2,4%, maior salto desde 27 de março. No mês, o contrato perdeu 0,7%.

(Reportagem de Christopher Walljasper em Chicago, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Colin Packham em Sydney)

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