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Após não conseguir nem ficar de pé, autônomo se livra do novo coronavírus

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No dia 20 de abril, o autônomo Wanderlei Fontalva, 30 anos, ficou preocupado quando sua mulher, a farmacêutica Yanna, 28, passou a apresentar sintomas da Covid-19. Ao levá-la à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vetor Oeste, em Jundiaí (a 57 km de São Paulo), ambos ficaram aliviados, já que, como não teve muita falta de ar, ela não precisou ficar internada e se recuperou em apenas cinco dias.
O problema foi que, no dia em que ela deixou de apresentar sintomas, ele começou a senti-los. E bem mais fortes, com febre e dores no corpo e na cabeça. No segundo dia, chegaram a falta de ar e a falta de apetite. Por isso, ele procurou atendimento médico no dia 25, um sábado. Como a falta de ar ainda não estava muito forte, ele foi liberado para voltar para casa, com a indicação de retornar ao hospital se o caso piorasse.
“Na terça-feira eu piorei. A falta de ar estava num ponto em que eu não conseguia ficar em pé 10 segundos. Tinha que me sentar porque não conseguia ficar em pé parado. Aí minha esposa saiu do trabalho e me levou para o Hospital São Vicente de Paulo”, conta Wanderlei, lembrando que após realizar um raio-X do pulmão, que indicou a pneumonia, ele precisou ser levado do Pronto Atendimento para o Pronto Socorro de ambulância, porque não conseguia andar.
Ficou internado sete dias, sendo quatro na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A tomografia indicou que ele estava com mais de 50% dos pulmões acometidos pela doença.
“No segundo dia parou a dor no corpo e na cabeça, mas minha falta de apetite perdurou por todo o tempo em que eu estive lá. Só do quarto para o quinto dia eu consegui comer alguma coisa. A falta de ar também foi diminuindo. Quando tiraram o oxigênio, eu ganhei alta. No fim eu já conseguia tomar banho sozinho e voltar para o leito”, conta.
Seu tratamento, além de antibióticos, teve uso da cloroquina. Logo que foi internado, sua mulher já precisou assinar um documento autorizando o uso do medicamento. “Os médicos nem gostam de falar sobre a cloroquina. Depois que insisti perguntando se ela resolvia, um médico me disse que o que ajuda muito é o anticoagulante e o conjunto dos remédios, mas não tinha como comprovar que a cloroquina tinha efeito para o bem.”
Um mês após deixar o hospital, ele afirma estar totalmente recuperado, sem qualquer tipo de sequelas. “Hoje estou zerado, não precisei nem fazer fisioterapia no pulmão.”

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