Agro

Milho e soja recuam pelo 5º dia com clima positivo nos EUA; trigo afunda

Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho e da soja negociados em Chicago recuaram pelo quinto dia consecutivo nesta sexta-feira, diante de chuvas que devem impulsionar as safras do Meio-Oeste dos Estados Unidos e de ajustes de posições antes de um relatório do governo norte-americano sobre plantios e estoques, que será divulgado na semana que vem.

Os futuros do trigo afundaram para mínimas contratuais, com o trigo soft vermelho de inverno atingindo o menor valor em quase dez meses, pressionado por vendas técnicas e liquidações em meio ao avanço da colheita nos EUA e à abundante oferta global.

Todas as três commodities registraram perdas acentuadas na semana, à medida que temores de novos danos econômicos em função do aumento no número de casos de coronavírus e de “lockdowns” prejudicaram o apetite de investidores por risco.

Operadores ainda ajustaram posições antes do relatório que será divulgado na terça-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), que analistas esperam que indique uma ampla oferta de grãos e alteração modesta nos plantios dos EUA, passando do milho para a soja.

“Sem qualquer alteração no padrão climático, e com o estágio reprodutivo de desenvolvimento do milho se aproximando, o mercado vai continuar pendendo para esse lado, com a ausência da demanda chinesa”, disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading.

O contrato julho da soja fechou em queda de 4,25 centavos de dólar, a 8,65 dólares por bushel, enquanto o milho para julho recuou 0,25 centavo, para 3,17 dólares/bushel.

O vencimento julho do trigo cedeu 12,75 centavos, a 4,74 dólares o bushel, depois de tocar o menor nível desde setembro, a 4,6825 dólares.

(Reportagem de Karl Plume em Chicago, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)

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