Celebridades

Procuradoria de NY anuncia acordo de US$19 mi em ações contra Harvey Weinstein

Por Dan Whitcomb

(Reuters) – Procuradores afirmaram na terça-feira que se chegou a um acordo de quase 19 milhões de dólares em nome de várias mulheres para concluir dois processos por assédio sexual contra o ex-magnata de Hollywood Harvey Weinstein, que está preso.

Mas advogados representando seis das mulheres que acusaram Weinstein classificaram o acordo como uma “completa venda” que não exigiu que o ex-produtor de cinema assumisse a responsabilidade por seus atos ou pagasse do próprio bolso.

O acordo, que ainda deve ser aprovado por um juiz federal e um tribunal de falências, concluiria uma ação movida contra Weinstein, sua produtora e seu irmão em 2018 pela Procuradoria-Geral de Nova York.

A decisão também encerraria um processo separado de ação coletiva instaurado em 2017 em nome de nove mulheres que acusaram Weinstein de assédio ou abuso sexual, disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James.

“Depois de todo assédio, ameaças e discriminação, essas sobreviventes estão finalmente recebendo algum vestígio de justiça”, escreveu James no Twitter.

Ela afirmou que o acordo libertaria as mulheres de contratos de não divulgação que as impediam de falar publicamente sobre Weinstein, que já foi um dos homens mais poderosos de Hollywood e está preso após ser condenado em março a 23 anos de prisão por crimes sexuais.

No entanto, os advogados Douglas Wigdor e Kevin Mintzer disseram que o acordo é “profundamente injusto” para suas clientes e outras mulheres que não teriam o direito de dar continuidade a ações contra Weinstein e outras pessoas no tribunal.

“Estamos completamente surpresos que a procuradora-geral esteja dando comemorando essa proposta injusta e desigual e, em nome de nossas clientes, estaremos contestando vigorosamente no tribunal”, disseram Wigdor e Mintzer em comunicado por escrito.

Weinstein, que foi acusado por mais de 100 mulheres de violações cometidas há décadas, ainda enfrenta ações por estupro e abuso sexual em Los Angeles.

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