Esporte

Pandemia selou saída de Vettel, diz chefe da Ferrari

Por Alan Baldwin

(Reuters) – O piloto Sebastian Vettel era a primeira escolha da Ferrari para permanecer na equipe e ser parceiro de Charles Leclerc na próxima temporada da Fórmula 1, até que a pandemia de Covid-19 mudou tudo, disse o chefe da equipe, Mattia Binotto, nesta sexta-feira. 

O tetracampeão mundial, que conquistou seus títulos pela Red Bull, será agora substituído pelo espanhol Carlos Sainz, que chegará à escuderia italiana da McLaren no final da temporada, em uma decisão que foi anunciada em maio. 

Vettel, que celebrou seu aniversário de 33 anos na sexta-feira durante a primeira sessão de treinamentos para o Grande Prêmio da Áustria, esperava continuar na Ferrari, e afirmou na quinta-feira que ficou surpreso com a decisão da equipe. 

O alemão também revelou que nunca foi apresentada uma proposta para sua permanência. 

“Certamente nós sempre dissemos durante o tempo de inverno, em particular e em público, que ele seria nossa primeira escolha, o que confirmo”, disse Binotto a jornalistas em uma videoconferência do autódromo Red Bull Ring. 

“É normal durante o inverno que muitos pilotos nos perguntem se há oportunidades em dirigir pela Ferrari, então nós certamente fomos contactados. Isso não mudou nossa posição, então Seb era nossa primeira escolha”, disse.

“O que aconteceu desde então? Eu acredito que o vírus e a situação da pandemia, que mudaram o mundo inteiro, não apenas nosso automobilismo, nossa F1”.

Binotto apontou também a consequente decisão de adiar a entrada em vigor de novos regulamentos de 2021 para 2022, o que significa que os mesmos carros serão usados no próximo ano, bem como a introdução de um limite de orçamento.

“Digamos que toda a situação mudou”, disse o chefe da Ferrari.

“E, além disso, a temporada ainda não começou, então não houve oportunidades para Seb voltar aos trilhos para provar o quanto ele estava realmente motivado de alguma forma a dirigir pela Ferrari, o que de alguma forma foi lamentável para ele”.

Binotto reconheceu que “ainda hoje ele (Vettel) não está totalmente satisfeito com isso, o que é novamente algo normal e óbvio”.

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