Agro

Milho e soja recuam em Chicago com clima favorável nos EUA; trigo salta

Por Tom Polansek

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho e da soja negociados em Chicago recuaram nesta sexta-feira, diante de um clima favorável à safra nos Estados Unidos e depois de o presidente do país, Donald Trump, afirmar que a relação norte-americana com a China foi severamente danificada.

Um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) projetou as safras do país aquém das expectativas de analistas, mas as estimativas não foram surpreendentes o suficiente para impulsionar os preços do milho.

Os operadores estão prestando muito atenção às previsões do tempo para os EUA, pois a safra de milho está em um momento crucial do desenvolvimento. Os rendimentos são particularmente importantes, uma vez que o USDA já havia previsto uma área de plantio abaixo das expectativas do mercado.

“Sem uma surpresa altista com esse relatório, voltamos a operar com base nas previsões do tempo”, disse Karl Setzer, analista de riscos em commodities da AgriVisor.

O contrato mais ativo do milho fechou em queda de 12,25 centavos de dólar, a 3,4475 dólares por bushel, atingindo o menor nível desde o final de junho. A soja recuou 10,75 centavos, para 8,9075 dólares o bushel.

Na contramão, a estimativa de 1,824 bilhão de bushels para a safra de trigo dos EUA, abaixo das projeções do mercado, fez com que os futuros do cereal saltassem 9 centavos, fechando cotados a 5,34 dólares/bushel.

“A surpresa do dia foi os números para a produção de trigo, que foram altistas”, disse Charlie Sernatinger, analista da ED&F Man Capital.

(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Colin Packham em Sydney)

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