Agro

Açúcar bruto tem máxima de 5 meses na ICE; café arábica devolve ganhos recentes

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE atingiram nesta quinta-feira o maior nível em cinco meses, acompanhando ganhos de outras commodities, à medida que fundos compram produtos precificados em dólar diante da desvalorização da moeda norte-americana.

Os futuros dos cafés arábica e robusta terminaram o dia em queda, devolvendo parte dos ganhos recentes.

AÇÚCAR

* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,4 centavo de dólar, ou 3,2%, a 12,94 centavos de dólar por libra-peso, uma máxima de cinco meses.

* O açúcar tem se beneficiado de sinais de que a demanda na Índia está retomando os patamares pré-pandemia de coronavírus e de indicações de queda na produção da Tailândia e União Europeia.

* A consultoria StoneX estimou o balanço global de oferta de açúcar em 2020/21 (outubro-setembro) em um déficit de 1,3 milhão de toneladas, ante previsão de excedente de 500 mil toneladas em junho.

* A trading de açúcar Czarnikow espera que a Tailândia processe cerca de 65 milhões de toneladas de cana na próxima temporada, menos da metade do volume visto em 2018/19, uma vez que muitos produtores passaram a cultivar mandioca.

* O açúcar branco para outubro avançou 8,50 dólares, ou 2,3%, para 377,70 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O contrato setembro do café arábica fechou em queda de 4,55 centavos de dólar, ou 3,7%, a 1,17 dólar por libra-peso, devolvendo parte dos ganhos recentes.

* Operadores acreditam que os cafeicultores, especialmente do Brasil, retomaram as vendas em Nova York após os últimos ganhos, aproveitando-se do fato de o real ser uma das poucas moedas a não se valorizar frente ao dólar nesta semana.

* O mercado está preocupado com um aperto cada vez maior nas ofertas de café arábica certificado pela ICE.

* O café robusta para setembro recuou 11 dólares, ou 0,8%, a 1.368 dólares por tonelada.

* Os preços do robusta no Vietnã, maior produtor global da variedade, subiram nesta semana, já que partes da região de cultivo de café do país seguem em “lockdown” por causa da pandemia de coronavírus.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

tagreuters.com2020binary_LYNXNPEG751R1-BASEIMAGE

To Top