Internacional

Adie visitas de rotina ao dentista até que risco da Covid-19 seja conhecido, pede OMS

Por Stephanie Nebehay

GENEBRA (Reuters) – Pacientes e funcionários odontológicos precisam ser protegidos de potenciais infecções por procedimentos que geram aerosol, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira, com dentistas voltando a trabalhar em regiões onde a pandemia de Covid-19 está diminuindo.

Não há no momento nenhuma informação sobre a disseminação de coronavírus a partir da cadeira do dentista, disse a entidade, pedindo mais pesquisas sobre procedimentos comuns que produzem minúsculas partículas que podem causar infecções se inaladas.

Isso inclui a seringa tríplice, equipamento ultrassônico de limpeza que remove depósitos da superfície do dente e realiza polimentos, disse a OMS, em uma nova orientação.

“A orientação da OMS recomenda, em caso de transmissão comunitária, dar prioridade a casos odontológicos de urgência ou emergência, para evitar ou minimizar procedimentos que possam gerar aerosol, priorizar um conjunto de intervenções clínicas que são realizadas com instrumentos e, claro, adiar tratamentos de rotina não essenciais”, disse o dentista da OMS, Benoit Varenne, em uma entrevista coletiva.

Ele acrescentou: “A probabilidade de Covid-19 ser transmitida por aerosol, micropartículas ou partículas transportadas pelo ar… hoje em dia eu acho que é desconhecida, pelo menos é questionável. Isso significa que mais pesquisas são necessárias”.

No mês passado, a OMS emitiu diretrizes gerais sobre a transmissão do coronavírus que reconhecem alguns relatos de transmissão pelo ar, mas não chegou a confirmar se o vírus se espalha pelo ar.

Estabelecimentos odontológicos precisam adequar a ventilação para reduzir o risco de o vírus se disseminar em espaços fechados, disse, nesta terça-feira.

“Achamos que o assunto mais urgente está relacionado à disponibilidade de equipamentos de proteção individual essencial, EPIs, para todos os funcionários de saúde que realizam ou auxiliam procedimentos clínicos”, disse Varenne.

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