Brasil

Avaliação de Bolsonaro melhora e 37% acham governo ótimo ou bom, diz Datafolha

Por Eduardo Simões e Pablo Garcia

SÃO PAULO (Reuters) – A avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro melhorou em agosto, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira, em que 37% dos entrevistados consideram a administração ótima ou boa.

O resultado representa um crescimento de 5 pontos percentuais na avaliação positiva do governo em relação ao levantamento anterior publicado em junho, e a pesquisa mostrou ainda queda de 10 pontos percentuais na avaliação negativa da gestão Bolsonaro, para 34%. Segundo o jornal, os 37% de avaliação positiva do governo representam o patamar mais elevado desde o início da gestão Bolsonaro em janeiro do ano passado.

Segundo o levantamento, 27% dos entrevistados avaliam o governo como regular, ante 23% do levantamento realizado em junho.

A melhora na avaliação de Bolsonaro acontece em meio ao pagamento pelo governo federal de um auxílio emergencial mensal de 600 reais pagos a informais e vulneráveis por causa da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 100 mil pessoas no Brasil e infectou mais de 3 milhões.

Para o analista e fundador da Consultoria Dharma, Creomar de Souza, a pesquisa é “uma ótimas notícia” para o governo e indica um caminho a seguir para o presidente, que já afirmou por várias vezes que pretende buscar a reeleição e 2022.

“Decorridos alguns meses do início da pandemia e as dificuldades criadas pela tentativa de impor um novo estilo político, parece que os dados começam a apontar uma direção a ser seguida. E qual é essa direção? O implemento de uma assinatura social forte e a distribuição de recursos fazendo com que os eleitores de classes mais baixas possam ser apoiadores do presidente”, afirmou o analista em entrevista à Reuters TV.

“Em paralelo, não deixa de ser importante também o fato de que esse crescimento de popularidade dá ao governo alguma legitimidade para conversar com os parlamentares do centrão, que ora estão no governo, ora estão fora do governo.”

Bolsonaro tem se aproximado de parlamentares do chamado centrão, em uma mudança da estratégia adotada inicialmente de não buscar montar uma base de sustentação parlamentar, e o movimento inclui a nomeação de indicados por parlamentares do grupo para cargos na administração federal e a troca na liderança do governo na Câmara dos Deputados, que passou a ser exercida pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR).

O Datafolha entrevistou 2.065 pessoas por telefone entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

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