Agro

Exportação de carne suína da Alemanha para a China mais que dobrou no 1º semestre

BERLIM (Reuters) – As exportações de carne suína da Alemanha para a China mais do que dobraram no primeiro semestre deste ano, disse o Escritório Geral de Estatísticas do país nesta quarta-feira, em dado que ressalta o provável impacto de uma proibição às importações após a Alemanha confirmar seu primeiro caso de peste suína africana.

A Alemanha vendeu 233 mil toneladas de carne suína para a China nos seis primeiros meses do ano, o equivalente a 26,8% das exportações da carne pelo país. Isso tornou a China o principal destino da carne de porco alemã, ultrapassando a Itália, segundo o escritório.

Uma das razões para a crescente demanda chinesa é a peste suína africana, que tem se espalhado pelo país asiático desde agosto de 2018, reduzindo drasticamente os estoques de porcos e ampliando a demanda no mercado global, acrescentou o órgão.

No geral, a Alemanha vendeu 870.700 toneladas de carne suína, com receita de 2,4 bilhões de euros (2,84 bilhões de dólares), para o mercado externo. No entanto, a criação de porcos no país recuou em 3,9% na última década, afirmou o escritório.

A proibição aplicada pela China à oferta alemã em função da peste suína africana deve prejudicar os produtores do país europeu e elevar os preços globais do produto, já que a oferta para os chineses diminui. Outros países compradores da proteína também baniram os produtos alemães.

O Brasil deve ser um dos beneficiados pela medida chinesa contra a Alemanha, com uma esperada melhora nos preços.

Após a detecção do primeiro caso de peste suína africana na Alemanha na semana passada, o governo do Estado de Brandemburgo, no leste do país, confirmou nesta quarta-feira mais cinco casos da doença em javalis selvagens. [L1N2GD2DB]

(Reportagem de Madeline Chambers)

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