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Agência dos EUA terá normas mais rígidas para teste de vacina para Covid-19, diz jornal

(Reuters) – A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) deve anunciar em breve normas mais rígidas para aval de emergência de uma vacina contra o coronavírus, reduzindo as chances de que uma vacina seja liberada antes da eleição de 3 de novembro, publicou o Washington Post nesta terça-feira.

A agência está emitindo orientações para maior transparência e confiança do público, visto que especialistas em saúde estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de o governo Trump interferir no processo de aprovação, disse o jornal.

Segundo a reportagem, a FDA deve pedir aos fabricantes de vacinas que acompanhem os participantes do ensaio por uma média de pelo menos dois meses após receberem uma segunda injeção de vacina. Vai também pedir que os testes identifiquem um número específico de casos graves de Covid-19, a doença causada pelo coronavírus, em pacientes tratados com placebo, disse o jornal.

Esperava-se que poucos desenvolvedores de vacinas tivessem resultados de testes definitivos antes da eleição. A Pfizer disse que pode ter dados para revisão no fim de outubro. O cronograma possa atrasar com a nova orientação.

A Moderna afirmou ser improvável ter dados em outubro. O estudo da AstraZeneca nos EUA está paralisado enquanto se tenta determinar se um problema neurológico grave em um participante no Reino Unido foi causado pela vacina.

Moderna e Pfizer começaram seus testes em 27 de julho e levaram cerca de um mês para inscrever 15 mil pessoas, a metade do caminho para a inscrição planejada de 30 mil pessoas. Os testes são projetados para que pessoas recebam a segunda injeção três ou quatro semanas depois. Dois meses de acompanhamento tornariam improvável que as empresas tivessem dados suficientes antes de meados de novembro.

(Reportagem de Deena Beasley)

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