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Líder palestino pede conferência de paz liderada pela ONU no início do próximo ano

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – O presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu na sexta-feira que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, convoque uma conferência internacional no início do próximo ano para lançar “um processo de paz genuíno” entre Israel e os palestinos.

Abbas fez um apelo a Guterres para trabalhar com o quarteto de mediadores do Oriente Médio –Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU– e o Conselho de Segurança da ONU em uma conferência “com plena autoridade e com a participação de todas as partes interessadas, no início do próximo ano, para desenvolver um processo de paz genuíno”.

Os palestinos querem um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza com Jerusalém oriental como capital, território capturado por Israel em 1967. Os líderes palestinos rejeitaram uma proposta de paz revelada em janeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na qual Washington reconheceria assentamentos judeus em território ocupado como parte de Israel.

“Não haverá paz, segurança, estabilidade e coexistência em nossa região enquanto esta ocupação continuar e uma solução justa e abrangente para a questão da Palestina, o centro do conflito, permanecer negada”, disse Abbas aos 193 membros da Assembleia Geral da ONU em um vídeo pré-gravado devido à Covid-19.

Ele afirmou que os palestinos continuam comprometidos com a Iniciativa de Paz Árabe de 2002, elaborada pela Arábia Saudita, na qual as nações árabes se ofereceram para normalizar os laços com Israel em troca de um acordo de Estado com os palestinos e a retirada total de Israel do território capturado em 1967.

Os Emirados Árabes Unidos e o Barein assinaram acordos na semana passada para estabelecer laços com Israel, tornando-se os primeiros Estados árabes em um quarto de século a quebrar um tabu antigo. Os palestinos criticaram essa decisão.

(Reportagem de Michelle Nichols)

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