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Preços do petróleo sobem quase 2% com dados robustos sobre economia da China

Por Devika Krishna Kumar

NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo se recuperaram nesta terça-feira, apoiados por dados econômicos robustos da China, embora os ganhos tenham sido limitados por projeções de uma lenta recuperação da demanda global pela commodity em meio ao aumento no número de casos de coronavírus.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,73 dólar, ou 1,8%, a 42,45 dólares por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 0,77 dólar, ou cerca de 2%, para 40,20 dólares o barril. Ambos os valores de referência haviam recuado quase 3% na véspera.

A China, maior importadora de petróleo do mundo, recebeu 11,8 milhões de barris por dia (bpd) da commodity em setembro, alta de 5,5% ante as importações de agosto e de 17,5% frente ao mesmo mês do ano passado, embora abaixo do recorde de 12,94 milhões de bpd estabelecido em junho, mostraram dados alfandegários.

“Os preços do petróleo, que sofreram um bom golpe no dia anterior, estavam à procura de um ponto positivo, e foi exatamente isso que esta terça-feira ofereceu”, disse Paola Rodríguez-Masiu, analista sênior de mercados de petróleo da Rystad Energy.

Ela acrescentou, no entanto, que o crescimento recorde nas importações pela China pode estar perto do fim, uma vez que refinarias independentes utilizaram quase toda a cota de importação liberada pelo Estado e as empresas enfrentam dificuldades em meio a estoques extremamente elevados de petróleo.

“Portanto, apesar do entusiasmo inicial, acreditamos que essa alta nos preços do petróleo hoje não se justifica”, ponderou Masiu.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que assessora governos ocidentais em política energética, disse em relatório que uma vacina e um tratamento para a Covid-19 podem significar uma recuperação econômica global em 2021 e a retomada total da demanda por energia até 2023.

Mas, em um cenário de “recuperação atrasada”, a retomada na demanda poderia ser adiada para 2025.

(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar, Sonali Paul e Shu Zhang)

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