Economy

Reino Unido resiste a lockdown, estudo aponta que medida pode salvar vidas

Por Alistair Smout e Guy Faulconbridge

LONDRES (Reuters) – O governo do Reino Unido resistiu nesta quarta-feira a um lockdown de curta duração em toda a Inglaterra, apesar dos clamores da oposição para que o país seja interditado durante duas semanas, uma medida que um novo estudo científico disse poder salvar milhares de vidas.

Como os casos de coronavírus estão aumentando rapidamente, o governo britânico optou nesta semana por um sistema de medidas locais de três níveis. A área de Liverpool se tornou a primeira parte do país a ser incluída na categoria mais alta, exigindo que bares, academias de ginástica e outros negócios fechem – talvez durante meses.

Também nesta quarta-feira, a Irlanda do Norte, que está sujeita ao controle britânico mas está fora do sistema de níveis, anunciou as medidas anti-coronavírus mais duras do Reino Unido desde o pico pré-verão, fechando restaurantes e suspendendo as aulas.

Os críticos do governo britânico dizem que um lockdown curto de âmbito nacional poderia ser mais eficiente do que medidas locais e que dividiria o fardo econômico de forma mais justa.

Na terça-feira, Keir Starmer, líder do opositor Partido Trabalhista, pediu um lockdown de duas a três semanas, um apelo respaldado nesta quarta-feira por um estudo de alguns dos conselheiros científicos do primeiro-ministro, Boris Johnson.

De acordo com o estudo, se as mortes diárias chegarem a 200 até 24 de outubro, até 80 mil pessoas a mais do Reino Unido podem morrer até o final do ano. Um lockdown de uma quinzena poderia salvar metade delas, e mesmo em situações menos extremas poderia salvar milhares de vidas.

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