Trigo atinge máxima de 5 anos em Chicago; milho tem maior nível em 14 meses
Por Christopher Walljasper
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do trigo negociados em Chicago tiveram um rali para máximas de cinco anos nesta quinta-feira, em meio a cortes nas perspectivas para a safra do cereal na Argentina e temores de que a seca em importantes países produtores resulte em danos à oferta global, disseram operadores.
O milho acompanhou a tendência positiva do trigo, avançando para máximas de 14 meses, e a soja também terminou o dia em alta, à medida que as exportações da oleaginosa dos Estados Unidos prosseguem.
O contrato mais ativo do trigo fechou em alta de 21,50 centavos de dólar, a 6,1825 dólares por bushel, maior nível desde 29 de dezembro de 2014.
O milho avançou 6,25 centavos, para 4,0375 dólares o bushel, após atingir uma máxima de 4,0425 dólares, o mais alto patamar desde 12 de agosto de 2019. A soja subiu 6 centavos, para 10,6225 dólares/bushel.
A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu sua estimativa para a safra de trigo 2020/21 da Argentina para 17 milhões de toneladas, ante projeção anterior de 18 milhões de toneladas, citando a seca e geadas no país.
“O clima ficou muito mais importante, por causa do corte na Argentina”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics. “Precisamos racionar a demanda agora, porque não sabemos até que ponto, globalmente, a oferta será afetada quando entrarmos na fase de dormência”, acrescentou ele em relação ao período de entressafra.
(Reportagem adicional de Naveen Thukral e Maytaal Angel)